Em partida repleta de polêmica, Brusque empata com São Paulo no Rio Grande do Sul
Time da casa teve três atletas expulsos no segundo tempo, mas com muita cera segurou o empate
Time da casa teve três atletas expulsos no segundo tempo, mas com muita cera segurou o empate
Uma partida em que o que menos se viu foi o futebol. Assim pode ser resumido o confronto entre São Paulo (RS) e Brusque, válida pelo Campeonato Brasileiro Série D. A partida foi realizada no Rio Grande do Sul, município de Rio Grande, e o time da casa chegou a ter três atletas expulsos, além do técnico.
Mesmo assim, o Brusque não conseguiu aproveitar a vantagem numérica e ficou no empate em 1 a 1. A estratégia do time adversário, ao perceber a iminente derrota, foi fazer muita cera. Apesar de o jogo ter sido interrompido por pelo menos 15 minutos, o juiz anotou apenas cinco de acréscimo.
Com o resultado, o quadricolor perde de vez a liderança para o Operário (PR), que tem nove pontos contra sete do Brusque. A próxima partida será na sexta-feira, 16, a partir das 20h.
Pressão do Leão e expulsão polêmica
Como já era de se esperar, o São Paulo mudou de postura para o jogo em seus domínios. O técnico Márcio Nunes alterou seu esquema com um centroavante exclusivo e apostou em mais jogadores de frente, além de colocar Leomir, meia que estava em recuperação de lesão, para jogar no sacrifício.
As alterações deram resultado principalmente na criatividade do time, que conseguiu pressionar muito mais do que na partida anterior. Contudo, o ataque errava sempre na hora da finalização, ainda mais com as boas atuações da dupla de zaga quadricolor Neguete e Lucas Costa.
A pressão foi do Leão, mas Dida não precisou fazer nenhum dos seus milagres na primeira etapa, e não houve sequer uma chance perigosa, para ambos os lados, dentro dos 50 minutos da primeira etapa.
Emoções mesmo foram reservadas para os últimos instantes antes do intervalo. Feijão chegou no carrinho para cima de Ronaell e tomou o primeiro cartão amarelo. Acontece que o árbitro pensou ter visto Bindé fazer a falta, e deu o cartão para ele. Assim que isso aconteceu, todo o time do São Paulo, incluindo reservas e comissão técnica, partiram para cima do juiz.
A reclamação gerou a expulsão de Bindé e também do próprio técnico Márcio Nunes. O clima ficou tão pesado que até o presidente do Leão entrou no gramado cobrando explicações, mas nada foi revertido. Após o minuto 50, o árbitro baiano John Herbert Alves Bispo apontou para o centro de campo.
Gols e mais confusão
Guerreiro, o time da casa foi para cima. O Brusque abusava dos passes, mesmo dentro da área adversária, e arriscava pouco a gol. Nos contra-ataques, o Leão mordia. Aos 10 minutos do segundo tempo, deu resultado: Willian Ribeiro foi ganhando no pé de ferro em disputa com a defesa, dentro da área, achou uma brecha e bateu cruzado para dentro das redes.
Mas não deu tempo para a comemoração. Apenas três minutos depois, o Bruscão empatava. João Carlos chegou na direita, livre de marcação no erro de Abu, e cruzou para o meio. Careca completou e deixou tudo igual.
Aí o caldeirão ferveu de vez. Instantes depois, o jogador Rafael Carletti acertou um soco em Carlos Magno. O árbitro viu e, desta vez sem sombra de dúvidas, acertou ao dar o cartão vermelho. Mesmo assim o time gaúcho partiu para cima do árbitro, e teve mais um atleta expulso, Abu, por reclamação, aos 21 minutos.
Tudo isso levou cerca de dez minutos. A partir daí, o Brusque não soube jogar com tranquilidade, tampouco finalizar bem. Isso somado a cera feita pelo goleiro Deivity, que chegou a levar amarelo pela atitude, além de atletas que se atiraram no gramado diversas vezes, resultou no empate simples. Ponto comemorado, mas ficou a sensação de que poderia mais.