Empresa começa na segunda-feira recuperação da ponte Arthur Schlösser
Perícia em escolas
O Ministério Público de Santa Catarina está contratando empresa para vistoriar as instalações elétricas do Centro de Educação Infantil Sofia Dubiella, após pedido de 1ª Promotoria de Justiça de Brusque. A avaliação ocorre no âmbito de inquérito civil instaurado para verificar a qualidade da estrutura do educandário.
Denúncias na Câmara
Nas últimas sessões da Câmara de Brusque, deram entrada duas denúncias formuladas por cidadãos contra o presidente do Legislativo, Jean Pirola (PP), em virtude da conversa que manteve com o proprietário da Múltiplos, Everson Clemente, interceptada pelo Ministério Público, na qual se tentava marcar um encontro entre o segundo e o então prefeito Bóca Cunha (PP). O caso está com o corregedor da Câmara, Paulo Sestrem (PRP). Num passado recente, todas as denúncias protocoladas no Legislativo contra vereadores foram processadas, embora, posteriormente, tenham sido arquivadas.
Suspensão de pensão
O Instituto Brusquense de Previdência suspendeu a pensão por morte recebida pelo marido de uma ex-servidora, por mais de 20 anos. Ocorre que, em processo administrativo, descobriu-se que ela trabalhou na prefeitura durante pouco mais de um ano, por meio de contrato administrativo. No entanto, jamais foi servidora efetiva da prefeitura. Sem ter prestado concurso público, pela lei, não há direito de pensão por morte ao cônjuge.
Contrato assinado
O prefeito Jonas Paegle assinou na tarde de ontem o contrato para o recuperação da ponte Arthur Schlösser, no Centro. Será disponibilizado R$ 1,3 milhão pelo Ministério da Integração Nacional por meio do Cartão de Pagamento de Defesa Civil, para que a Engedal Construtora, de São José, execute os trabalhos. O valor total investido dependerá de uma avaliação técnica sobre a necessidade de prevenção nos demais pilares de sustentação. Fontes ligadas à prefeitura afirmam que a estimativa é que o valor fique entre R$ 600 e R$ 800 mil. O restante será devolvido ao ministério. A variação de preço depende da avaliação que será feita nos demais pilares, que também podem ter sido prejudicados.
Tudo incluso
Paegle destaca que na proposta apresentada estão inclusas as despesas para a execução dos projetos, o escoramento provisório da ponte, assim como o fornecimento de equipe, materiais e equipamentos necessários para o restabelecimento do acesso. De acordo com a diretora do Departamento Geral de Infraestrutura, Andrea Volkmann, logo na segunda-feira, 17, a empresa deve iniciar a sondagem do local. Em seguida, a Engedal fará o projeto de escoramento, reforço da fundação e reconstrução do pilar.
Acesso em 45 dias
O contrato emergencial tem vigência de 138 dias, a contar da data de assinatura. O objetivo é que dentro dos próximos 45 dias, a passagem seja liberada para o tráfego de veículos leves. Paegle frisa que a obra será fiscalizada pela prefeitura, por meio do DGI. “Estaremos diariamente acompanhando os serviços, principalmente porque queremos essa ponte liberada, visto sua importância para a mobilidade de nosso município”.
EDITORIAL
A cidade e suas praças
As praças são equipamentos urbanos tradicionais, que podem funcionar como referências, ou “cartões postais”, de uma cidade, encher os habitantes de orgulho e surpreender os visitantes.
Mas o mais comum é que sejam fonte de incômodo, de desavenças, despesas e acabem servindo apenas de exemplo de desleixo, sem qualquer atrativo ou funcionalidade visível, exceto o uso que é dado por desocupados, animais abandonados e moradores de rua.
Essas duas realidades fazem com que as praças sejam amadas e odiadas, desejadas e rejeitadas.
Porque só os ingênuos e os inexperientes acham que basta “fazer uma praça”. Embora seja importante, o projeto de uma praça é apenas uma pequena parcela do trabalho e da responsabilidade de abrir, dentro de uma cidade, um espaço para uso e deleite de todos.
Por mais divertido e desafiador que seja discutir se haverá caminhos retos ou curvos, árvores de sombra ou frutíferas, chafarizes, bancos com ou sem encosto, grama verde ou azul, isso acaba sendo quase nada.
Porque, qualquer que seja a aparência de uma praça, o desafio real começa no instante em que ela é aberta ao público.
Uma praça é fonte inesgotável de incômodos e preocupações
Faz parte da ideia de uma praça toda a sua manutenção. A segurança. A revitalização, de tempos em tempos. Uma praça é fonte inesgotável de incômodos e preocupações. Mas, se bem cuidada, torna-se espaço privilegiado de lazer e tranquilidade.
O grande problema é que o “currículo” de boa parte das prefeituras como mantenedoras de espaços públicos, não as recomendam muito bem.
Para saber o que vai acontecer com uma nova praça, basta olhar para o que tem acontecido com as praças já existentes. Que cuidados foram e são tomados, como está a frequência, o que tem sido feito para manter os equipamentos funcionando?
Tem-se a impressão que os gestores públicos não entenderam direito a importância que tem, para a saúde urbana, para o bem estar da população, esses espaços.
Uma praça com chafariz desligado porque a luz não foi paga, ou que se torna ponto de encontro de viciados, em que as ervas daninhas tomam conta dos jardins, que viram moradia para sem teto, ou que seja conhecida porque todos os que passam por ali são assaltados, diz muito sobre como a administração municipal vê a cidade.
As praças são vitais para a vida urbana. Não há uma única cidade no mundo, que seja famosa pela sua qualidade de vida, que não tenha uma ou mais praças bem cuidadas, com intensa manutenção, seguras e vivas.
É disso que se trata: queremos ou não dar uma demonstração que sabemos cuidar da cidade e de seus habitantes? A forma como estruturamos e resolvemos o difícil e complexo programa de manutenção das praças é um bom começo. Ou o fim da picada.