Empresas de Brusque apostam em energias alternativas e economizam em média de 60%

Sistema é alternativa para estabelecimentos reduzirem gastos e preservarem o meio ambiente

Empresas de Brusque apostam em energias alternativas e economizam em média de 60%

Sistema é alternativa para estabelecimentos reduzirem gastos e preservarem o meio ambiente

Para reduzir gastos com eletricidade e para preservar o meio ambiente, empresas de Brusque e da região estão apostando, cada vez mais, em energias alternativas. Dois estabelecimentos, que instalaram o sistema de placas fotovoltaicas, economizam mensalmente média de 60% com a conta de luz.

A DiColore, especializada em produtos profissionais para salões de beleza, é um dos estabelecimentos que optou pela instalação das placas. Segundo o diretor, Charles Becker, a empresa instalou o sistema em agosto de 2015 devido à política de sustentabilidade adotada. A DiColore investiu em torno de R$ 120 mil nas placas, que foram instaladas no telhado do Centro de Distribuição.

“Nossa empresa vem desenvolvendo, ao longo dos anos, uma consciência ecológica no intuito de minimizar os danos causados ao meio ambiente. Seja através da reciclagem de papéis e plásticos, do aproveitamento da água da chuva e, até mesmo, de mudanças de hábitos como a substituição de marmitas de isopor por lancheiras, diminuindo a formação de lixo”, afirma o diretor.

Ainda que conte com as placas, a empresa também utiliza a energia elétrica das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Em janeiro do ano passado e apenas com o uso da rede da Celesc, a DiColore gastou R$ 1.136,49 com a energia elétrica. Por outro lado, em janeiro deste ano e já com as placas instaladas, a empresa desembolsou R$ 411,68.

Assim como a DiColore, a Federal Clube Surf Wear também instalou o sistema de placas fotovoltaicas. O foco da empresa, de acordo com o proprietário, Marcos Alexandre da Silveira, é minimizar os gastos com energia elétrica.

Ao todo, a Federal Clube Surf Wear desembolsou R$ 35 mil para instalar o sistema. Antes da instalação, no verão – época em que os gastos com eletricidade são maiores em decorrência do uso do ar condicionado -, a empresa gastou mensalmente cerca de R$ 1.200 com a conta de luz. Depois da instalação das placas, o valor caiu para cerca de R$ 500.

“Hoje, a instalação das placas ainda é um investimento. Eu calculo que apenas a partir do sexto ano de instalação é que realmente eu consiga economizar. É um investimento de médio a longo prazo. Mas vale a pena porque vai ter aumento de energia a cada ano. Então, imagina como estará o custo da energia elétrica daqui a três anos”, argumenta o proprietário da empresa.

Orçamentos são constantes

A Quantum Engenharia, de Florianópolis, foi a empresa responsável pela instalação do sistema de placas fotovoltaicas na DiColore. Segundo o gerente comercial, Ruy Carlos Tiedje, há diversas empresas de Brusque, de Guabiruba e da região em contato com a Quantum para verificar a viabilidade de instalação das placas.

Segundo Tiedje, o retorno financeiro será maior e mais rápido para empresas que têm tarifas maiores de energia elétrica. Por outro lado, empresas que têm tarifas menores terão retorno apenas a partir de 10 anos de instalação do sistema.

“A vida útil do sistema fotovoltaico é de 25 a 30 anos. E tem baixa manutenção. As empresas que têm alta tarifa mensal de energia terão retorno em seis a sete anos. Ou seja, terão energia de graça por mais 20 anos”, avalia.

Para o diretor comercial, o Brasil terá um “avanço gigante” em relação à energia fotovoltaica. Ele diz que, como o sistema ainda é recente no país – o mercado iniciou em 2013 -, as empresas ainda estão conhecendo a nova tecnologia.

Baixa adesão

Embora muitas empresas de Brusque e da região verifiquem a viabilidade e solicitem orçamentos, poucas estão efetuando a instalação do sistema. Proprietário da SolarStrom, empresa de Brusque que atua na comercialização e na instalação dos sistemas de placas fotovoltaicas, Jonathan Barni atribui o baixo número de instalações de placas à situação econômica do país.

“Há muitas empresas fazendo orçamento, mas como o investimento é um pouco maior, elas acabam não fazendo a instalação devido à situação econômica do Brasil e devido ao câmbio. Temos orçamentos, só que a finalização está parada por causa dessa crise”, afirma.

Ainda de acordo com Barni, o sistema fotovoltaico é livre de qualquer agressão ao meio ambiente. Ele afirma que os itens que compõem a tecnologia, como metais e vidros, foram constituídos por meio de reciclagem.


Placas fotovoltaicas

O sistema de placas fotovoltaicas funciona através da captação de energia solar. As placas que captam a energia solar são geralmente instaladas no telhado das empresas. Diferente dos aquecedores solares, que funcionam apenas para aquecer a água que abastece os locais, o sistema fotovoltaico gera energia para todos os ambientes. Como a quantidade de energia gerada está vinculada à quantidade de placas instaladas, o sistema pode atuar em conjunto com a rede de energia elétrica da empresa abastecedora da região – no caso de Brusque, da Celesc. Ou seja, uma parte da energia da empresa é oriunda do sistema fotovoltaico e a outra parte da Celesc.

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