Empresas de chocolate caseiro aumentam produção para atender demanda na Páscoa

Ovos artesanais custam, em média, 30% mais barato do que os industrializados

Empresas de chocolate caseiro aumentam produção para atender demanda na Páscoa

Ovos artesanais custam, em média, 30% mais barato do que os industrializados

Uma opção para fugir dos altos preços nesta Páscoa é o chocolate caseiro. O produto custa, em média, 30% menos que os industrializados e tem qualidade e sabor semelhantes.

Em Brusque, presentear com chocolate caseiro já virou tradição para muitas famílias. Melhor para as empresas que apostam neste segmento e, a cada ano, renovam seus produtos para agradar todos os gostos.

O chocolate caseiro Vô Paza é o mais tradicional do município. No período da Páscoa, a fábrica produz todos os dias, em média, quatro mil quilos de chocolate. “A nossa produção iniciou em janeiro e estamos a todo vapor. Começamos na fabricação de chocolate às 7 horas da manhã e só paramos por volta das 22 horas, o dia todo estamos produzindo para poder dar conta das encomendas e da demanda para a Páscoa”, diz o proprietário da empresa, Andrei Paza.

Bolachas de Páscoa são bastante procuradas na Vô Paza / Foto: Felipe Cavichioli/Especial
Bolachas de Páscoa são bastante procuradas na Vô Paza / Foto: Felipe Cavichioli/Especial

Em Guabiruba, a produção do chocolate Tia Lice também é grande. “Acredito que vamos fechar essa temporada de Páscoa com a produção de oito toneladas de chocolate. Como esse ano a Páscoa será mais cedo, iniciamos a nossa produção já no mês de dezembro”, destaca a proprietária da empresa, Clarice Gandolfi.

Também em Guabiruba, a fábrica do chocolate San Nicolao trabalha intensamente para dar conta das encomendas para a Páscoa. Um dos proprietários da empresa, Edemilson Nicolau Huber, afirma que este ano, a procura pelo chocolate está acima da expectativa. “Analisando toda a situação do mercado, esta Páscoa está muito boa, o pessoal não está deixando de comprar um docinho para agradar os entes queridos. Acredito que a procura aumentou também devido aos ovos das marcas tradicionais estarem com preço elevado, quem quer economizar, o chocolate caseiro é uma alternativa”.

Ovos produzidos na região são de todos os tipos e tamanhos / Foto: Divulgação
Ovos produzidos na região são de todos os tipos e tamanhos / Foto: Divulgação

A principal diferença do chocolate caseiro para o industrializado é que o primeiro não tem adição de conservantes. “O nosso chocolate é diferente dos que vendem nos mercados porque é puro. Aqueles chocolates têm conservante para que possam se manter durante o transporte e em temperaturas elevadas”, diz Paza.
Clarice ressalta que o chocolate Tia Lice também não tem gordura hidrogenada. “Isso faz até mal para a saúde, o nosso chocolate é todo natural”.


Empresas dão ‘tempero’ aos chocolates da Garoto

O processo de produção dos chocolates caseiros também é semelhante. As três fábricas da região utilizam como matéria-prima o chocolate Garoto. “Derretemos esse chocolate e damos o nosso toque especial”, diz Paza.

O chocolate San Nicolao recebe a matéria-prima da Garoto e então, mistura com os demais ingredientes para fazer a sua marca. “Misturamos com nozes, castanhas, temos mais de 120 tipos de chocolate”, destaca Huber.

Já o chocolate Tia Lice é composto por 70% de chocolate Garoto e os outros 30% “é segredo da tia Lice”, diz.

Depois que cada marca dá o seu tempero ao chocolate, o produto recebe um choque térmico para poder endurecer e ganhar o formato desejado. Na Vô Paza, após esse processo, o chocolate fica em uma câmara fria, na temperatura de 10ºC. “Esse processo, do derretimento da matéria-prima até a entrada na câmara fria dura cerca de duas horas”, destaca Paza.

Quando sai da câmara fria, o chocolate é retirado da forma e fica descansando por um dia. “Esse passo é importante porque é a adaptação do chocolate ao ambiente. Ele precisa ficar um dia descansando para que quando ele for pra loja, não derreta tão facilmente”.

Depois do descanso, o chocolate vai para a primeira embalagem e, em seguida, para o processo de embalagem decorada. Após, o chocolate está pronto para ser comercializado.


Segmento familiar cresce há quase 30 anos

A história das três fábricas da região tem a família como grande marca. Na Vô Paza, tudo começou em 1988, quando o avô do atual proprietário foi até Curitiba (PR) e conheceu uma fábrica de chocolate. “Ele se interessou por todo o processo, aprendeu e trouxe pra cá. Ele começou fazer em casa e, em pouco tempo, o negócio se tornou maior. A fábrica já foi administrada pelo meu pai e hoje, está sob minha responsabilidade, sou a terceira geração a frente do negócio”, diz.

Já o chocolate Tia Lice nasceu de um pedido do filho de Clarice, há 26 anos. “Meu filho queria um ovo grande, mas naquela época era tudo muito difícil, então eu decidi tentar fazer um ovo para ele. Deu certo, e comecei a fazer para vender, era uma maneira de alegrar a família e também complementar a renda. Meus sobrinhos queriam só o chocolate da tia Lice, e daí surgiu o nome”.

O chocolate San Nicolao também é de família. “Tudo começou em 2011, minha mãe trabalhava em uma outra fábrica de chocolate e, na época, minha namorada sugeriu que ela abrisse o negócio próprio. Ela aceitou a proposta e hoje a fábrica é gerenciada por toda a família”.


Serviço

Chocolate Vô Paza
Rua Nereu Ramos, 100, Jardim Maluche
Hoje: 8h às 21h
Amanhã: 8h às 18h
Sábado: 8h às 12h

Chocolate Tia Lice
Rua Antônio Fischer, 1839 – Guabiruba
Hoje: 8h às 12h / 13h às 20h
Amanhã: 8h às 12h / 13h às 17h
Sábado: 8h às 12h / 13h às 16h

Chocolate San Nicolao
Rua Regina Huber, 386 – Guabiruba
Hoje: 7h30 às 20h30
Amanhã: 7h30 às 18h
Sábado: 7h30 às 12h

 

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