Entidade do Rio de Janeiro está interessada na gestão da UPA 24 horas de Brusque
Aceni é especializada em gestão de projetos em pronto-socorros, hospitais, assessoria e consultoria na área da saúde
Aceni é especializada em gestão de projetos em pronto-socorros, hospitais, assessoria e consultoria na área da saúde
A Associação das Crianças Excepcionais de Nova Iguaçu (Aceni) manifestou interesse na gestão da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24 horas de Brusque. A associação é uma entidade sem fins lucrativos, especializada na prestação de serviços na área de saúde.
A entidade surgiu em 1995, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, com o objetivo de prestar serviços filantrópicos de atendimento médico ambulatorial, social e terapêutico, à crianças, adolescentes e adultos com deficiência. Com o passar do tempo, a entidade ampliou seus serviços e começou a investir na área de saúde como um todo.
A associação é especializada em gestão de projetos em UPAs, pronto-socorros e hospitais; assessoria e consultoria; planejamento estratégico e capacitação profissional na gestão da saúde.
De acordo com o secretário de Saúde de Brusque, Humberto Fornari, as conversas com a entidade vem desde o ano passado, mas segundo ele, nenhuma proposta foi formalizada até o momento.
Na segunda-feira, 28, foi feita uma nova reunião para tratar sobre o assunto. “Fizemos algumas reuniões no ano passado, de onde saíram alguns questionamentos. Por enquanto, a negociação é somente com a secretaria de Saúde, havendo alguma informação mais aberta, daremos continuidade ao processo, mas nada concluído”.
A intenção da Prefeitura de Brusque é abrir a UPA 24 horas, que está em fase final de construção no bairro Santa Terezinha, e terceirizar a gestão, devido, principalmente, ao seu custo de manutenção mensal.
Hospitais de Brusque também negociam
Além da Aceni, o secretário de Saúde diz que o Hospital Azambuja e o Hospital Dom Joaquim também foram sondados sobre a possibilidade de assumirem a gestão da unidade 24 horas.
O administrador do Hospital Azambuja, Evandro Roza, afirma que a unidade hospitalar também tem interesse em assumir a gestão da UPA 24 horas, principalmente pelo fato de o hospital ter uma correlação com o pronto-atendimento. “O hospital é como uma continuidade da UPA, então vemos com bons olhos essa possibilidade”, diz.
Roza destaca que em 2017 o Ministério da Saúde publicou portaria que facilita a viabilidade econômica financeira das UPAs 24 horas. Entretanto, o administrador ressalta que é necessário também um aporte financeiro da prefeitura, já que os recursos oriundos do governo federal para a manutenção do pronto-atendimento, em torno de R$ 300 mil, não são suficientes.
“Acredito que a UPA pode se tornar mais econômica se o hospital fazer a gestão, mas entendemos que apenas com os R$ 300 mil do governo federal fica inviável. Em um regime com dois plantonistas, por exemplo, já vai quase R$ 190 mil por mês, fora toda a estrutura de atendimento e de outros profissionais”, diz.
“O Azambuja tem interesse, para o município seria bom porque toda a população já conhece a nossa forma de trabalhar, mas vai esbarrar na questão financeira. Tem que ser dentro do que é viável”, completa.
Raul Civinski de Souza, que faz parte da administração do Hospital Dom Joaquim, diz que foram feitas sondagens na unidade hospitalar, que demonstrou um interesse inicial, entretanto, os movimentos neste sentido ainda são muito embrionários.