Entidades do comércio de Brusque avaliam impactos do saque do FGTS na economia local
Cálculo é de que cerca R$ 24 milhões poderão ser injetados no consumo, no município
A liberação do saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que começa em setembro, é vista com bons olhos por lideranças de entidades empresariais de Brusque.
Cada conta poderá sacar até R$ 500 do fundo, com a possibilidade de ser acumulável, caso o trabalhador tiver mais de uma conta. Para os próximos anos, está prevista a possibilidade de saque de forma escalonada, até uma vez ao ano.
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Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Brusque (CDL), Fabrício Zen, a ação vai aquecer o comércio e o mercado no modo geral. “O lojista está se preparando para este momento. Esta medida vai ao encontro das expectativas dos varejistas, que esperam ações que contribuam para a dinamização da economia”, avalia.
A publicação do Governo Federal, do dia 24, é uma medida provisória de mudanças de regras no saque do FGTS e do Fundo do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Brusque, Botuverá e Guabiruba, (Sindilojas), Marcelo Gevaerd, também avalia desta forma. Para ele, a decisão trará estímulos ao consumo.
“Em Brusque, estima-se que os quase 48 mil trabalhadores formais poderão sacar até R$ 23,8 milhões”, conta.
A previsão do Governo é injetar até R$ 42 bilhões na economia brasileira até o fim do ano que vem.
Avaliação
De acordo com Zen, o mercado ainda não está de acordo com as expectativas da CDL, mas ele prevê que a quantia a ser sacada do FGTS na cidade vai contribuir para o desenvolvimento do comércio e mercado de forma geral.
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Contudo, Gevaerd observa que a medida deve ser ponderada. “Primeiro, o estímulo durará somente enquanto durarem os recursos. Terminado o período, a economia continuará apresentando resultados reduzidos”, alerta.
Ele destaca que nem todo o recurso do fundo a ser liberado vai ser destinado ao consumo. “Alguma parte será alocada em outros investimentos ou para o pagamento de dívidas, reduzindo o efeito multiplicador da medida na economia”, observa.
Porém, o Sindilojas acredita que mudanças positivas vão acontecer no segundo semestre do ano.
“Para um crescimento duradouro é necessário a retomada dos investimentos com estímulos a iniciativa privada, como redução dos juros, uma reforma tributária e uma reativação robusta do mercado interno, a partir de mecanismos de geração de emprego, renda e crédito”, finaliza.