Equipe brusquense é convocada para campeonato mundial de patinação artística

Quatro atletas da equipe Hera representarão o Brasil no Artistic Skating World Championship 2021

Equipe brusquense é convocada para campeonato mundial de patinação artística

Quatro atletas da equipe Hera representarão o Brasil no Artistic Skating World Championship 2021

Quatro atletas da patinação artística da equipe brusquense Hera vão representar o Brasil no Artistic Skating World Championship 2021. O campeonato mundial ocorre de 28 de setembro a 9 de outubro, em Assunção, no Paraguai. A equipe é formada pelas atletas Júlia Belli, de 15 anos, Júlia David, 16, Nicole de Carvalho, 17, e Yasmin Kretschmer, 18.

A técnica e coreógrafa da equipe, Luana Amaral, ressalta que das quatro atletas, três delas fazem parte do Colégio Cultura, em Brusque. A Nicole é do Floripa Patinação Artística, na capital.

Em 2020, a Hera foi campeã no Catarinense e no Brasileiro. Em 2021, a equipe também foi campeã no Catarinense e no Brasileiro. Luana explica que para conseguir a vaga no mundial, elas precisaram da junção destes dois campeonatos. “Por conta da pandemia, o campeonato de 2020 foi realizado agora em junho e referente a 2021 realizado agora em agosto. E conquistamos o primeiro lugar nos dois”, conta.

Para ela, a sensação é de realização após anos de trabalho. “União, dedicação, amor, disciplina definem essas meninas, vamos com tudo”, afirma.

Da esquerda para a direita: Júlia David, Júlia Belli, Yasmin Kretschmer e Nicole de Carvalho / Foto: Rochelle Ciuti/Divulgação

Segundo a patinadora Júlia Belli, a convocação é um sonho realizado. “Desde de pequena, via os meus ídolos competindo e agora vamos estar competindo ao lado deles. É extremamente gratificante ver que toda essa longa jornada na patinação valeu a pena. Não poderia estar mais feliz e orgulhosa de todas nós”, diz.

Nicole destaca que a participação no mundial é a recompensa após muito treino. “A patinação vai muito além das pistas, é um trabalho que reflete muito em como nós realmente somos, do quanto acreditamos em nós mesmas e agora vejo que tudo valeu a pena”, continua

Já Júlia David diz que a sensação é indescritível e que está curiosa para ver como será a competição. Além disso, ela aguarda o famoso “friozinho na barriga” ao entrar na pista para representar o Brasil. “Desde pequenas sonhávamos com esse momento e finalmente vamos ter a chance de realizá-lo”, conta.

Yasmin recorda que o sonho de ser patinadora vem desde os 10 anos de idade. “Crescer vendo as maiores patinadoras indo representar o Brasil e pensar ‘meu deus queria eu um dia estar ali’. Agora, tudo está sendo possível realizar com essa tão sonhada convocação”, finaliza.

Equipe Hera/Divulgação

Equipe Hera e história de vitórias

Desde 2016, a história da Equipe Hera está conectada com uma trajetória de conquistas. Luana conta que ingressou no Colégio Cultura no final de 2015 e no ano seguinte iniciou o trabalho com uma equipe de show na modalidade quarteto.

Então, a equipe estreou um campeonato Brasileiro em 2017 e conseguiu a vaga para o campeonato Sul-americano. Em 2018, a equipe foi campeã no Catarinense e vice-campeã no Brasileiro e Sul-americano. Em 2019, foi a campeã nos três campeonatos.

“Após 2018, recebi muitas mensagens de atletas de Santa Catarina perguntando como poderiam fazer parte da equipe de dentro do Colégio. Aí surgiu a junção dos atletas que estavam interessados e queriam ingressar e aí a gente nomeou como equipe Hera”, explica.

A técnica recorda que o ano de 2019 foi difícil por conta de uma acusação de plágio. Para conseguir dar a volta por cima, um mês antes do Sul-americano, a Hera mudou totalmente a coreografia com a ajuda do coreógrafo Luís Renato Oliveira. O objetivo era mostrar o real potencial das quatro meninas e o resultado foi a vitória.

“Isso foi uma prova que a união e a perseverança, a dedicação delas fazem a diferença. São meninas que tenho muito respeito e carinho. Que hoje mostram mais uma vez que tudo é possível. Que se você treinar você alcança os objetivos”, diz Luana.

Equipe Hera/Divulgação

Agora, para o coreógrafo, a chegada no campeonato mundial traz as sensações de felicidade, gratidão e orgulho. “Ver como elas cresceram, amadureceram e se transformaram nas patinadoras que são hoje é algo para encher os olhos”, reflete ao lembrar dos anos de dedicação.

A diretora do Colégio Cultura, Cássia Krainski, diz que tem muito orgulho da equipe. “Dedicação, disciplina, treino, compromisso e, acima de tudo, muito amor por este esporte são o que fazem a essência de um grupo que superou todas as dificuldades”, completa.

Equipe Hera/Divulgação

Em busca de apoio

Antes do resultado, Luana aponta que um comitê decidiu sobre a convocação para o mundial. “Quando saiu foi um suspiro. Um momento de agradecer por todo o esforço e dedicação de todos esses anos. Dentro de um esporte que não é muito reconhecido ainda”, comenta.

Segundo ela, falta apoio para a patinação artística e a equipe pede auxílio para empresas na ajuda de custo. “Tudo tem que ser bancado pelos atletas. Inclusive, o uniforme da seleção brasileira. São muitos gastos e é difícil representar o seu país, estado e município, sem nenhuma ajuda”, continua.

Ela conta que o Colégio Cultura, desde o início do projeto, sempre a apoiou e o quarteto faz parte da equipe da instituição.

“O nome Hera veio para juntar todos, os melhores atletas de Santa Catarina para conseguir chegar ao maior campeonato do mundo. E ter três atletas do Colégio dentro do quarteto, para mim, é uma gratidão”, destaca. “Agora, vem o trabalho firme para mostrar o nosso melhor dentro de uma pista. Só agradeço, realmente, pela oportunidade de estar com elas”, completa.

Equipe Hera/Divulgação

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