Escada rolante e decoração natalina estão jogados em pátio desde o começo do ano

A escada havia sido comprada pela Prefeitura de Brusque em 2007 por R$ 314 mil, mas nunca foi instalada

Escada rolante e decoração natalina estão jogados em pátio desde o começo do ano

A escada havia sido comprada pela Prefeitura de Brusque em 2007 por R$ 314 mil, mas nunca foi instalada

A Prefeitura de Brusque mantém na Usina de Asfalto, localizada no bairro Cedrinho, uma escada rolante, artigos de decoração natalina e carros estragados ao ar livre. A atual administração municipal diz que quando assumiu os materiais já estavam lá. O poder público estuda o que fazer com as sucatas, mas, a princípio, devem ser vendidas em leilão.

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A escada rolante que está jogada na Usina de Asfalto foi adquirida na gestão ex-prefeito Ciro Roza, em 2007, ao custo de R$ 314 mil. A intenção era instalar o equipamento para ligar a Câmara de Vereadores ao prédio da prefeitura. Entretanto, a ideia não prosperou e a escada, desde então, é jogada de canto em canto. O caso foi revelado pelo Município Dia a Dia em 2014, quando a escada já estava abandonada por sete anos.

Primeiro, foi depositada no estacionamento do Zoobotânico, depois passou pelos fundos da Arena Brusque e o pátio da Secretaria de Obras, em frente ao antigo BIG. Depois de tudo isso, foi transferida à Usina de Asfalto. Durante todas estas idas e vindas Brusque teve quatro prefeitos: Ciro, Paulo Eccel, Roberto Prudêncio Neto e agora José Luiz Cunha, o Bóca.

Cada um teve uma ideia diferente. A administração do então prefeito Paulo Eccel mostrou intenção em colocar a escada parte no pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof, parte na praça da Cidadania, em 2010. Também não foi para frente.

A gestão de Prudêncio tinha a intenção de recuperá-la, mas com as trocas políticas o projeto ficou no papel. Quando Bóca Cunha assumiu, a sucata já estava na Usina de Asfalto e lá continua.

Sérgio Gamba, diretor interino de Patrimônio da prefeitura, afirma que as mudanças de governo dificultaram a tomada de decisões. E ainda não existe uma definição clara do que deve acontecer com a escada e os demais materiais jogados na Usina de Asfalto.

“Deve ser feito um leilão”, afirma Gamba. Ele ressalta que está provisoriamente no cargo e que a realização do leilão deve ficar a cargo de quem assumir a pasta. Vários materiais do poder público seriam incluídos neste leilão para serem vendidos como sucata, ou seja, um equipamento tecnológico que custou R$ 314 mil aos cofres públicos em 2007 poderá render prejuízo.

Decoração abandonada

Quando a reportagem esteve no local, havia vários artigos de decoração de Natal, como pinheiros utilizados pela prefeitura em dezembro para embelezar a cidade, além da escada. Os materiais estavam jogados a céu aberto. Neste caso, a responsabilidade não é da Diretoria de Patrimônio, mas da Fundação Cultural, informa Gamba.

Pinheiros natalinos foram jogados em área a céu aberto / Foto: Marcos Borges
Pinheiros natalinos foram jogados em área a céu aberto / Foto: Marcos Borges

Sobre esta situação, a prefeitura se pronunciou por meio de nota oficial. “A atual gestão da Prefeitura de Brusque tem conhecimento do local onde estão armazenados os itens utilizados em decorações do município. Os materiais foram transferidos para a redondeza da Usina Municipal de Asfalto no último governo”, diz.

“Agora, a situação está sendo analisada a fim de encontrar a melhor forma de armazenar os materiais e dar continuidade ao trabalho realizado com os itens. A forma que será definida, será realizada de acordo com o planejamento do governo municipal, sem data ainda estabelecida para ser colocada em prática”, completa.

 

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