Escritor e colunista João José Leal lança livro de crônicas Conversas Praianas, em Brusque
Evento literário será no próximo sábado, na Livraria Graf
Evento literário será no próximo sábado, na Livraria Graf
Neste sábado, 11, ocorre o lançamento do livro “Conversas Praianas – Crônicas”, do escritor João José Leal, às 10h na Livraria Graf, no Espaço Cultural da Livraria. A renda do livro será revertida à Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brusque.
A publicação reúne uma série de crônicas sobre a cidade de Balneário Camboriú. De acordo com Leal, os textos foram escritos nos últimos cinco anos e a maioria deles já foi publicada no jornal O Município, no qual o escritor conta com uma coluna semanal. Também, há crônicas inéditas na publicação.
Conforme Leal, as crônicas foram selecionadas para publicação no livro, que tem 192 páginas e 63 textos. O escritor explica que elas abordam problemas da cidade, como o congestionamento no sistema viário, que ele avalia ser precário, e da falta de planejamento urbano, abastecimento de água e tratamento de esgoto.
Outro ponto presente na obra é o vertiginoso processo de verticalização. “Responsável pela construção dos mais altos edifícios do Brasil e da América do Sul, cujo lema parece ser o ‘céu é o limite’. Enfim, da falta de planejamento urbanístico”, pontua.
Segundo Leal, a maior parte da coletânea é formada por uma série de crônicas sobre as conversas do grupo de moradoras e veranistas do condomínio Alvorada do Atlântico.
“Nas férias de verão, essa tribo de veranistas, se reúne todas as tardes para conversar sobre a vida da família, do lar e dos outros também, porque ninguém está a salvo de uma boa fofoca, maliciosa ou não, tão comum numa roda de conversas de sexagenárias”, detalha.
O livro também eterniza personagens populares da cidade. Leal destaca a presença de Zé da Gaita. “Um músico de rua cego, que passa as tardes de fim de semana a tocar o seu instrumento para encher o calçadão da avenida central com os acordes da sua surrada sanfona”, conta,
Além dele, outro personagem presente é a Seresteira da Praça da Lagoa, a Eulina Silveira. O escritor conta que ela, nas manhãs de sábado, com voz ainda firme no vigor dos seus 92 anos, canta para os fãs e admiradores as canções mais conhecidas e bonitas do nosso cancioneiro popular.
Leal salienta que sempre gostou de escrever. A primeira crônica escrita por ele foi desenvolvida quando estava na Universidade. Pouco tempo depois, como promotor público na cidade de Palmitos, no Oeste catarinense, escreveu crônicas que eram lidas ao meio-dia pelo dono da Rádio Entre-Rios, no município.
Ele chegou em Brusque no final de 1971. No ano seguinte, passou a escrever crônicas e artigos jurídicos para o jornal O Município, a convite do então proprietário Jaime Mendes. “Também publiquei crônicas e artigos em diversos jornais de Santa Catarina. Agora, há mais de 20 anos, publico uma crônica por semana neste jornal diário”, detalha.
Assim, Leal ressalta que o cronista deve resumir o assunto a um texto curto, usar uma linguagem objetiva e coloquial como se fosse um diálogo com alguém que está ausente. E, sempre que for o caso, salpicar o texto da sua crônica com uma leve pitada de ironia.
“Ao escrever uma crônica, sinto a sensação agradável de estar conversando com o meu fiel leitor que, no dia seguinte, estará com o jornal nas mãos lendo o que escrevi. Já se escreveu que a crônica é filha dos jornais, porque foi nas páginas dos periódicos diários, semanais ou mensais que esse gênero literário se criou e sempre esteve presente”, finaliza.
No evento literário promovido pela Livraria Graf, juntamente com a Rede Feminina de Combate ao Câncer, será possível adquirir a obra e o valor da venda será destinado para a entidade filantrópica.
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