Especialistas da UFSC avaliam exames de pele realizados em Brusque direto de Florianópolis

Sistema de Teledermatologia está em vigor desde outubro e garante resultados em até 60 dias

Especialistas da UFSC avaliam exames de pele realizados em Brusque direto de Florianópolis

Sistema de Teledermatologia está em vigor desde outubro e garante resultados em até 60 dias

Com o objetivo de facilitar o diagnóstico de câncer de pele e diminuir a espera por atendimento dermatológico, os pacientes que se consultam nas Unidades Básicas de Saúde de Brusque, que apresentarem machucados e manchas de pele suspeitas, são encaminhados, desde outubro de 2015, ao Centro de Serviços em Saúde, para realizar exames de dermatoscopia, enquanto aguardam a consulta com especialistas.

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Esse procedimento é realizado por meio do dermatoscópio, para avaliar pintas e manchas, e prevenir alguns tipos de câncer de pele, diferenciando as pintas benignas das lesões de risco. O aparelho é conectado a uma câmera digital, que proporciona o registro das manchas e posteriormente, as imagens são encaminhadas para análise de dermatologistas.

Após o registro das pintas, uma técnica em enfermagem encaminha os exames para o Sistema Catarinense de Telemedicina e Telessaúde para identificar o resultado. As fotos são encaminhadas para médicos especialistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que analisam as imagens e identificam o diagnóstico, apontando doenças como câncer de pele e hanseníase.

A Secretaria de Saúde utiliza o sistema de telemedicina desde outubro de 2015, especificamente no caso da dermatologia, que é uma área carente de profissionais dentro do SUS.

Conforme a prefeitura, o sistema ajuda na prevenção do câncer de pele, cujo tratamento é feito no hospital Santo Antônio, em Blumenau. Isso é possível porque os resultados saem em até 60 dias, o que evita a espera de meses por atendimento dermatológico, comum na rede pública de saúde, devido à escassez de médicos especialistas.

Segundo Valquíria Kohler, da Secretaria de Saúde, não há custos para a prefeitura, que apenas precisa pagar a energia usada para o equipamento que coleta as imagens, e o profissional que o opera, além dos pequenos custos operacionais, como bateria da máquina. No entanto, a prefeitura não paga nada nem pelos exames nem pelo trabalho dos médicos que elaboram as análises.


Mais de 300 exames em nove meses

Segundo a assessoria de imprensa do Sistema de Telemedicina e Telessaúde (STT), responsável pelos exames feitos em Brusque, desde que foi implantado a Teledermatologia no município, já foram realizados 313 exames, uma média de 34 por mês.

Anteriormente, em 2011, foi feita parceria para eletrocardiograma entre o STT e o município. De novembro daquele ano a agosto de 2013 fora, realizados aproximadamente 2 mil exames.

O sistema é uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde e a (UFSC), por meio de contratos anuais que subsidiam o desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias. O diagnóstico remoto – por meio do envio de imagens aos médicos – é feito no estado em duas modalidades: eletrocardiograma e dermatologia, o qual é utilizado aqui.

No sistema, depois de receber as imagens, um dermatologista emite um laudo, uma classificação de risco e, quando for o caso, diagnóstico para encaminhamento do paciente.

Os casos mais graves, segundo o STT, são encaminhados para consulta imediata com dermatologista, na Unidade de Saúde local. Os laudos ficam disponíveis tanto para os médicos e técnicos que pediram o exame quanto para os pacientes.

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