“Está arrependido e quer pedir desculpas”, diz advogado de jovem que agrediu mãe e filha
Advogado conversou com Luan Bitencourt no hospital, onde ficou internado ao se cortar após bater em vidro, já em casa
Advogado conversou com Luan Bitencourt no hospital, onde ficou internado ao se cortar após bater em vidro, já em casa
Luan Henrique Bitencourt, que agrediu mãe e filha no último sábado, 9, está arrependido e quer pedir desculpas, segundo afirma o advogado que o representa, Leônidas Pereira. Luan contou sua versão do ocorrido para Pereira neste domingo, 10, enquanto estava internado no hospital.
Ele foi hospitalizado porque, após o episódio de agressão, chegou em casa e socou um vidro de emergência para incêndio, quando arrebentou os tendões. Luan já recebeu alta. Leônidas afirmou ainda que a versão contada pela vítima, a fotógrafa Doli Tomiozzo, bem como os vídeos divulgados em meios de comunicação e nas redes sociais estão incompletos, conforme relatou Luan. O acusado disse ao advogado que quem começou as agressões teria sido Doli.
No entanto, Luan diz reconhecer seu erro, e que reagiu de forma desproporcional. Pereira explicou que assumiu o caso por ser um antigo amigo da família. “Conheço os pais de Luan desde antes de ele nascer, e acompanhei o crescimento dele. É um menino doce, mas que agiu de forma violenta porque estava embriagado e ficou alterado”.
Sobre a repercussão do caso, principalmente nas redes sociais, o jurista explica que há uma preocupação. “A rede social é excelente como um meio de comunicação, mas fomentada por terceiros pode gerar desgraça. O Luan vai responder criminalmente por tudo que aconteceu”.
Versão de Luan
Segundo o relato de Luan ao advogado, após o fim de uma festa ele estava voltando para casa de carona. Um amigo parou para urinar na parede da empresa DS Fotos, de Doli. Ao ver a cena, ela teria gritado com os dois e afirmado que “estava de saco cheio de ver esses vagabundos por ali”. Luan revidou, a chamando igualmente de vagabunda, enquanto ainda estava dentro do carro.
Neste momento, Doli foi até o carro e o arranhou. A partir daí ele teria saído do carro e agredido tanto a mãe quanto a filha, que apareceu depois. “Ele tem marcas de agressão pelo corpo, foi constatado em exame de corpo de delito. Inclusive ele foi mordido nas costas”, explica Leônidas.
Com a repercussão negativa do caso, o advogado afirmou que recomendou isolamento por um período. “É bom que ele fique em casa porque será bastante criticado pela sociedade. Ele vai responder criminalmente pelos seus atos, neste caso o crime de lesão corporal leve. O Luan é um bom jovem, que sempre foi bem educado pela família e está arrependido”.
Sobre o encontro entre Luan e Doli, bem como de suas famílias, Pereira diz que está esperando a ‘poeira baixar’. “Neste momento está tudo muito quente, mas logo quero entrar em contato com ela e verificar essa possibilidade, de uma resolução pacífica, afinal são duas pessoas de bem, dois trabalhadores, mas que se envolveram em uma situação ruim para ambos”.
O que a vítima diz
Doli Tomiozzo afirma que viu um grupo de três ou quatro rapazes e um estava fazendo xixi próximo à loja. Doli pediu para que o rapaz não urinasse ali pois é um local que é utilizado para tirar fotos de clientes.
Segundo ela, o rapaz pediu desculpas. No entanto, outro rapaz do grupo começou a xingá-la de vagabunda. A filha mais velha de Doli, Larissa, que estava dentro do estúdio, ouviu a discussão e foi defender a mãe.
Doli foi fazer foto da placa do carro e neste momento o rapaz e a filha dela começaram a discutir. Ele deu um golpe em Larissa, que caiu no chão.
“Eu joguei meu celular, fui pra cima dele e arranhei ele todo porque ele foi pra cima dela”, conta.
Nesse momento, o agressor jogou Doli no chão. Quando ela conseguiu se levantar, pegou o celular e começou a filmar.
Durante a filmagem, o rapaz xinga Doli e diz que se ele quisesse, poderia matá-la. Além disso, a fotógrafa também foi jogada no chão novamente.