Estiagem prolongada afeta abastecimento de água do Samae em Brusque

Regiões mais deficitárias são os bairros Ribeirão do Mafra, Dom Joaquim, Zantão e Santa Luzia

Estiagem prolongada afeta abastecimento de água do Samae em Brusque

Regiões mais deficitárias são os bairros Ribeirão do Mafra, Dom Joaquim, Zantão e Santa Luzia

Os meses de julho de 2018 e do ano passado são os mais secos desde 2012. Até o dia 23 deste mês, foram registrados no município 17,5 milímetros de chuva; no ano passado, durante o mês todo, foram 17,9 mm. Essa estiagem debilita o abastecimento de água pelo Samae no município, deixando mananciais de tratamento secos e dificultando a distribuição.

“Por enquanto, o mês de julho está praticamente igual ao ano passado, numa situação muito crítica”, afirma Ciro Groh, blogueiro do jornal O Município. “O rio já está abaixo do nível considerado normal pela Defesa Civil.”

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Marlene da Silva, moradora do Bateas, diz que o desabastecimento é comum no bairro, em especial nos sábados à tarde. “É o dia que eu tiro para fazer as coisas em casa, como lavar roupa, e não tem água.” Além da rua onde ela mora, vizinhos e conhecidos de outras regiões do bairro também comentam sobre o abastecimento irregular.

De acordo com ela, os problemas começaram há algumas semanas, e a falta de água se tornou constante. “Antes de ter a tubulação que liga o Bateas e o Santa Terezinha nunca faltava, só vinha mais fraco de vez em quando.” A moradora relatou o problema ao Samae no último sábado, 21.

Em Brusque, os bairros mais afetados pelo desabastecimento de água são Ribeirão do Mafra, Zantão, Dom Joaquim e Santa Luzia. Segundo presidente do Samae, Roberto Bolognini, o manancial do Ribeirão do Mafra está totalmente seco. “Como não há mais água lá, precisamos bombear água do Centro para atingir essa região.”

O Samae realiza o bombeamento através do Rio Branco e procura abastecer a região de Dom Joaquim para amenizar os problemas de abastecimento no local. “O que pode representar um ganho em termos de volume de água é o bombeamento via Rio Branco, a pressurização em linha que permite levar mais água para a região. Mas não temos varinha mágica, temos que trabalhar com o que temos para distribuir água da melhor forma possível”, diz o presidente.

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Bolognini comenta que a situação é crítica para o órgão, que está trabalhando no limite de produção e abastecimento de água. “Estamos em desvantagem na questão do abastecimento de toda a demanda por água tratada em Brusque, e ainda passando por uma estiagem prolongada”, afirma. “Talvez essa seja a mais longa de que tenho conhecimento aqui no Samae.”

A chuva é bastante aguardada para o reabastecimento dos mananciais. Felizmente, segundo Ciro Groh, os especialistas em meteorologia preveem chuva para os próximos dias do mês: “A tendência é de dias mais instáveis, com um volume de chuva que pode vir a amenizar o quadro de estiagem, mas não chega a resolver. Essa previsão é unanimidade entre os meteorologistas”.

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