Extinção da ADR Brusque atrasa início das obras da escola João Boos, em Guabiruba
Todas as licitações e processos estão passando por avaliação da ADR Blumenau antes de terem continuidade
Todas as licitações e processos estão passando por avaliação da ADR Blumenau antes de terem continuidade
O início da reforma da Escola de Educação Básica (EEB) Professor João Boos, de Guabiruba, é um dos processos travados com a extinção da ADR Brusque e a transferência dos trabalhos para Blumenau.
O secretário da ADR Blumenau, Emerson Antunes, afirma que estão sendo recebidos documentos de diversos municípios da região, e precisa avaliar um por um, uma vez que a responsabilidade destes processos passou a ser da agência blumenauense.
“É um volume muito grande de documentos, e a partir de agora passamos a assinar por estes projetos, não podemos contratar às cegas. Mas é certo que nos próximos dias daremos o andamento também neste processo [da escola João Boos]”, afirma Antunes.
A ADR Brusque havia recebido, em 27 de fevereiro, o projeto arquitetônico finalizado da reforma e ampliação da escola. A obra está orçada em R$ 3,3 milhões. Segundo a empresa Pain Empreendimentos, responsável pela elaboração do projeto, além da reforma completa de todos os blocos e do ginásio, seriam construídas nove salas de aula novas, banheiros, refeitório, parte preventiva de incêndio e parte elétrica para climatização. Pouco depois do projeto arquitetônico oficializado, o governador Eduardo Pinho Moreira extinguiu 15 ADRs, inclusive a de Brusque.
A diretora da escola, Rosimei dos Reis, lamenta o novo atraso. A reforma é aguardada há anos pela escola, cujo prédio é bastante antigo, com instalações precárias e problemas inclusive na parte hidráulica. “Claro que mesmo assim a escola vai se mantendo, com a ajuda da comunidade e dos professores, para termos um espaço de trabalho minimamente adequado”, explica.
Sem nenhum retorno sobre a reforma desde a extinção da ADR Brusque, Rosimei aguarda um veredito. Estimava-se, extraoficialmente, que a obra seria iniciada em março de 2019. A pausa para reavaliação da documentação por parte da ADR Blumenau, ainda que necessária, gera mais atraso para o início dos trabalhos.
Rosimei afirma que se reuniu com dirigentes da ADR Blumenau no fim de março, mas não teve retorno desde então. “Eles devem estar se colocando a par das situações. Não deve ter sido possível ainda porque agora eles respondem por 86 escolas, e antes respondiam por 40. Isto certamente dificulta”, afirma. Um ofício deve ser enviado na próxima semana por parte da escola, pedindo informações sobre o andamento do processo.
Antes de a ADR Brusque ter sido dissolvida, de acordo com o então secretário-executivo, Ewaldo Ristow Filho, faltava a agência encaminhar os projetos, já prontos, aprovados e orçados, à Secretária de Estado da Educação, que iniciaria o processo licitatório. Hoje, este trâmite é de responsabilidade da ADR Blumenau.