Finalmente…
Em janeiro, começou um novo governo federal, em Brasília. Já li, ouvi e vi muitas coisas a favor. Outras, contra. A mídia está de prontidão para passar o “pente fino”, em tudo o que sai de Brasília. O que é bom, quando é para estar atento para auxiliar ao governo a melhorar suas atividades. Quando, […]
Em janeiro, começou um novo governo federal, em Brasília. Já li, ouvi e vi muitas coisas a favor. Outras, contra. A mídia está de prontidão para passar o “pente fino”, em tudo o que sai de Brasília. O que é bom, quando é para estar atento para auxiliar ao governo a melhorar suas atividades. Quando, porém, é só para lançar um “olhar” tendencioso e denegrir os governantes, não me parece que some algo para ajudar a governar e buscar respostas adequadas para os grandes problemas tão abundantes, em nossa realidade sociocultural.
Tudo isso aconteceu com a escolha de vários ministros que foram ocupar suas cadeiras, na condução das políticas de seus ministérios. Alguns foram mais criticados e comentados que outros. Entre esses está o atual Ministro da Educação, Ricardo Vélez-Rodriguez. É um colombiano, naturalizado brasileiro. Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para conduzir o Ministério da Educação (MEC). Já tomou algumas medidas na orientação da política educacional. Algumas discutíveis. Todavia, gostaria de comentar uma, que a meu ver, é muito significativa para o futuro da nação. Estou falando da proposta de concentrar os recursos orçamentários do MEC, na modernização da rede pública do ensino fundamental e do ensino médio. Por outro lado, incentivar as universidades federais a buscarem fontes alternativas de financiamento para viabilizar sua expansão.
Veja também:
Brusque tem centenas de vagas de emprego abertas em fevereiro; veja lista
Conheça Bryan Behr, cantor brusquense que já ultrapassou marca de 350 mil plays no Spotify
Falta de manutenção no cemitério Parque da Saudade gera reclamações
Pessoalmente, há tempo venho defendendo essa proposta. Nunca fui a favor do ensino gratuito para graduação e pós-graduação das federais. É descumprir de maneira acintosa a Constituição Brasileira, que diz explicitamente que o ensino fundamental é obrigatório e gratuito. É prioridade. Junto com o ensino médio tem que ser, necessariamente, o fundamento sólido de nossa Sociedade e de nossa cultura.
Tal medida, para mim, sempre foi uma maneira sutil e até explicita de confirmar uma posição, em nossa cultura, que todos têm que ser um (a) “bacharel” em alguma coisa. Supervalorizando, a busca de um título – “doutor” -, de um “canudo” universitário para ostentar. Os treze anos de governo do PT supervalorizaram esse comportamento, com dezenas de projetos mal concebidos, patrocinando políticas de democratização do ensino superior e de expansão de Universidades Federais sem qualquer planejamento, de financiamentos de estágios no exterior, mudanças curriculares, distribuição de material (tablets…) a professores, alunos indiscriminadamente… com objetivos nitidamente populistas e eleitoreiros.
As avaliações nacionais e em nível mundial das várias áreas de ensino, estão aí, para mostrar a ineficácia desse tipo de política educacional. Além da tentativa para sufocar visivelmente o ensino privado e/ou particular, tentando evitar a defasagem entre os dois ensinos: o público e o particular/privado. Essa meta foi conseguida em parte, pela legislação ainda em vigor, que certamente será mudada.
Veja também:
Vereadores tentam esconder que fizeram parte do governo Paulo Eccel
Procurando imóveis? Encontre milhares de opções em Brusque e região
Agente de trânsito de Blumenau é condenado 11 anos e oito meses de prisão
Segundo me consta, o Japão se fez à custa do ensino fundamental e de um ensino médio forte e bem orientado. Claro que não sou contra do ensino do terceiro grau. Afinal, fui professor a vida toda, nesse nível. Também, não sou contra as universidades federais. Contudo, sempre pensei esse setor da vida cultural do país, como centros (usinas) de pensamento e de Ciência e de Tecnologia, junto com as universidades particulares. Que as universidades tenham autonomia e independência para buscar suas fontes de financiamento para perseguir esses objetivos.
Creio que essa proposta desse governo, se for bem executado, seja um belo e grande “marco” na história do ensino no Brasil. Por isso, finalmente, o país tem um objetivo definido quando ao ensino de suas crianças, adolescentes e jovens.