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Finalmente…

Em janeiro, começou um novo governo federal, em Brasília. Já li, ouvi e vi muitas coisas a favor. Outras, contra. A mídia está de prontidão para passar o “pente fino”, em tudo o que sai de Brasília. O que é bom, quando é para estar atento para auxiliar ao governo a melhorar suas atividades. Quando, […]

Em janeiro, começou um novo governo federal, em Brasília. Já li, ouvi e vi muitas coisas a favor. Outras, contra. A mídia está de prontidão para passar o “pente fino”, em tudo o que sai de Brasília. O que é bom, quando é para estar atento para auxiliar ao governo a melhorar suas atividades. Quando, porém, é só para lançar um “olhar” tendencioso e denegrir os governantes, não me parece que some algo para ajudar a governar e buscar respostas adequadas para os grandes problemas tão abundantes, em nossa realidade sociocultural.

Tudo isso aconteceu com a escolha de vários ministros que foram ocupar suas cadeiras, na condução das políticas de seus ministérios. Alguns foram mais criticados e comentados que outros. Entre esses está o atual Ministro da Educação, Ricardo Vélez-Rodriguez. É um colombiano, naturalizado brasileiro. Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para conduzir o Ministério da Educação (MEC). Já tomou algumas medidas na orientação da política educacional. Algumas discutíveis. Todavia, gostaria de comentar uma, que a meu ver, é muito significativa para o futuro da nação. Estou falando da proposta de concentrar os recursos orçamentários do MEC, na modernização da rede pública do ensino fundamental e do ensino médio. Por outro lado, incentivar as universidades federais a buscarem fontes alternativas de financiamento para viabilizar sua expansão.

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Pessoalmente, há tempo venho defendendo essa proposta. Nunca fui a favor do ensino gratuito para graduação e pós-graduação das federais. É descumprir de maneira acintosa a Constituição Brasileira, que diz explicitamente que o ensino fundamental é obrigatório e gratuito. É prioridade. Junto com o ensino médio tem que ser, necessariamente, o fundamento sólido de nossa Sociedade e de nossa cultura.

Tal medida, para mim, sempre foi uma maneira sutil e até explicita de confirmar uma posição, em nossa cultura, que todos têm que ser um (a) “bacharel” em alguma coisa. Supervalorizando, a busca de um título – “doutor” -, de um “canudo” universitário para ostentar. Os treze anos de governo do PT supervalorizaram esse comportamento, com dezenas de projetos mal concebidos, patrocinando políticas de democratização do ensino superior e de expansão de Universidades Federais sem qualquer planejamento, de financiamentos de estágios no exterior, mudanças curriculares, distribuição de material (tablets…) a professores, alunos indiscriminadamente… com objetivos nitidamente populistas e eleitoreiros.

As avaliações nacionais e em nível mundial das várias áreas de ensino, estão aí, para mostrar a ineficácia desse tipo de política educacional. Além da tentativa para sufocar visivelmente o ensino privado e/ou particular, tentando evitar a defasagem entre os dois ensinos: o público e o particular/privado. Essa meta foi conseguida em parte, pela legislação ainda em vigor, que certamente será mudada.

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Segundo me consta, o Japão se fez à custa do ensino fundamental e de um ensino médio forte e bem orientado. Claro que não sou contra do ensino do terceiro grau. Afinal, fui professor a vida toda, nesse nível. Também, não sou contra as universidades federais. Contudo, sempre pensei esse setor da vida cultural do país, como centros (usinas) de pensamento e de Ciência e de Tecnologia, junto com as universidades particulares. Que as universidades tenham autonomia e independência para buscar suas fontes de financiamento para perseguir esses objetivos.

Creio que essa proposta desse governo, se for bem executado, seja um belo e grande “marco” na história do ensino no Brasil. Por isso, finalmente, o país tem um objetivo definido quando ao ensino de suas crianças, adolescentes e jovens.