Fortuna de Luciano Hang é de 2,2 bilhões de dólares, aponta Forbes
Brusquense é um dos “novatos” que entraram para o ranking dos super-ricos
O brusquense Luciano Hang entrou para a lista de bilionários da revista norte-americana Forbes. Segundo a publicação, divulgada nesta terça-feira, 5, a fortuna de Hang é de 2,2 bilhões de dólares – algo em torno de R$ 8,3 bilhões. Com isso, ele figura na 1.057ª posição mundial e na 21ª colocação nacional entre os mais ricos.
Hang não só entrou para a afamada lista – que tem 2.153 pessoas do mundo inteiro -, mas também foi destaque. Na reportagem na qual trata dos novos super-ricos do Brasil, o jornalista da Forbes dá atenção especial ao brusquense dono da Havan.
Veja também:
Luciano Hang detalha ameaças de morte: “ele veio até Havan e me procurou com uma faca”
Prefeitura de Brusque indenizará moradora que se acidentou por causa de buraco na rua
Estabelecimentos de Brusque já substituem canudos de plásticos por opções mais sustentáveis
A reportagem destaca que boa parte dos novos bilionários são do varejo, como é o caso de Hang. A matéria afirma que a rede de lojas de departamentos investe bastante em mídias sociais e instala suas lojas em cidades médias e pequenas.
Ao jornalista, Hang explicou o conceito da Havan. “Eu estou no negócio de atrair pessoas para lhes dar uma experiência incrível, que vai além de simplesmente comprar”.
Um ponto que chamou a atenção da Forbes é a estrutura das mais de 100 lojas da Havan espalhadas Brasil afora. O jornalista ressaltou que cada uma lembra a Casa Branca e tem uma Estátua da Liberdade na entrada.
A matéria destaca que Hang é fã dos Estados Unidos e que ele espera que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, faça o país ser “grande” novamente, assim como o norte-americano Donald Trump prometeu fazê-lo.
“Nós temos que ‘copiar’ países onde o capitalismo funcionou, como os EUA, e não aqueles que eram copiados por governos anteriores”, declarou Hang à revista.
A publicação norte-americana também chamou a atenção para a popularidade do brusquense nas redes sociais – com as transmissões ao vivo no Facebook alcançando mais de 1 milhão de espectadores.
A revista enfatizou que o empresário tem usado sua influência para prestar apoio às políticas de direita, além de chamar clientes. “Todo lugar que eu vou no Brasil as pessoas me conhecem e pedem por novas lojas Havan”, afirmou Hang.
Perfil de Hang na Forbes
- Luciano Hang, do Brasil, encontrou sucesso com a rede de lojas de departamentos Havan focando mais em lojas físicas do que em vendas online.
- Hang cofundou a Havan em 1986; hoje ele emprega cerca de 15 mil pessoas em mais de 100 locais, todos em médias e pequenas cidades.
- Hang comprou a parte de seu cofundador logo no início e hoje é dono de praticamente toda a Havan, que teve lucro de cerca de 1 bilhão de dólares em 2017.
- Hang tem muitos seguidores nas redes sociais; ele regularmente faz transmissões ao vivo sobre política no Facebook e tem mais de 1 milhão de visualizações.
- Hang é um apoiador do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, um candidato de direita que foi eleito em outubro de 2018.
Quem são os bilionários brasileiros
A quantidade de brasileiros na lista da Forbes teve uma recuperação. O auge foi em 2014, quando 65 apareceram no ranking. Depois o número caiu aos poucos até chegar a 42, em 2018.
Em 2019, 18 bilionários entraram na lista, sejam novos, como Hang, ou velhos conhecidos que retornaram, como Rubens Menin Teixeira de Souza, dono da MRV Engenharia. Ao todo, neste ano, são 58 bilionários, cujas fortunas somam 175 bilhões de dólares.
O brasileiro mais rico mudou. Era Jorge Paulo Lemann, sócio da 3G Capital e de empresas como Ambev e Heinz, mas ele perdeu a liderança para o banqueiro Joseph Safra, cuja fortuna atingiu 25,2 bilhões de dólares (R$ 95,3 bilhões).
No segmento de varejo, a Forbes destaca o crescimento do Magazine Luiza, com o foco em vendas online. A sócia majoritária, Luiza Helena Trajano, tem fortuna estimada em 1,6 bilhão de dólares.
Samuel Barata, sócio majoritário das Drogarias DPSP, segunda maior rede de drogarias do país, também está na lista. A Forbes explica que o segmento de farmácias foi um dos poucos que foi na contramão da recessão. Segundo a revista, o lucro da DPSP cresceu 11% em 2017 e alcançou 2,4 bilhões de dólares.
Os irmãos Joesley e Wesley Batista, da JBS, debutam na lista da Forbes neste ano. Os dois ficaram famosos por seu envolvimento em corrupção descoberto pela Operação Lava Jato.
Veja também:
Implantação da Ouvidoria Municipal custará R$ 15,3 mil no primeiro ano
Procurando imóveis? Encontre milhares de opções em Brusque e região
Justiça aceita denúncia e Evanio Prestini vira réu no processo do acidente na BR-470
Graças ao aumento da demanda por carne na China e nos Estados Unidos, a JBS viu seu valor de mercado subir 40% no ano passado, segundo a Forbes. A revista também enfatiza que os dois ainda negociam um acordo com a Justiça.
Os mais ricos do Brasil
- Joseph Safra (Banco Safra) – US$ 25,2 bilhões (R$ 95,3 bilhões)
- Jorge Paulo Lemann (3G Capital) – US$ 22,8 bilhões (R$ 86,2 bilhões)
- Marcel Herrmann Telles (3G Capital) – US$ 9,9 bilhões (R$ 37,4 bilhões)
- Eduardo Saverin (Facebook) – US$ 9,7 bilhões (R$ 36,7 bilhões)
- Carlos Alberto Sicupira (3G Capital) – US$ 8,9 bilhões (R$ 33,7 bilhões)
- José João Abdalla Filho (investimentos diversos) – US$ 3,4 bilhões (R$ 12,9 bilhões)
- Abilio dos Santos Diniz (comércio) – US$ 3,1 bilhões (R$ 11,7 bilhões)
- Fernando Roberto Moreira Salles (banco e mineração) – US$ 3,1 bilhões (R$ 11,7 bilhões)
- João Moreira Salles (banco e mineração) – US$ 3,1 bilhões (R$ 11,7 bilhões)
- Pedro Moreira Salles (banco e mineração) – US$ 3,1 bilhões (R$ 11,7 bilhões)
- Walther Moreira Salles Junior (banco e mineração) – US$ 3,1 bilhões (R$ 11,7 bilhões)
- André Esteves (BTG Pactual) – US$ 3 bilhões (R$ 11,3 bilhões)
- Alfredo Egydio Arruda Villela Filho (Itaú) – US$ 2,6 bilhões (R$ 9,8 bilhões)
- Jayme Garfinkel (Porto Seguro) – US$ 2,5 bilhões (R$ 9,5 bilhões)
- João Roberto Marinho (Globo) – US$ 2,5 bilhões (R$ 9,5 bilhões)
- Jose Roberto Marinho(Globo) – US$ 2,5 bilhões (R$ 9,5 bilhões)
- Roberto Irineu Marinho (Globo) – US$ 2,5 bilhões (R$ 9,5 bilhões)
- Ana Lucia de Mattos Barretto Villela (Itaú) – R$ 2,4 bilhões (R$ 9,1 bilhões)
- Walter Faria (Cervejaria Petrópolis) – US$ 2,3 bilhões (R$ 8,7 bilhões)
- Cândido Pinheiro Koren de Lima (Plano de saúde Hapvida) – US$ 2,3 bilhões (R$ 8,7 bilhões)
- José Luis Cutrale (sucos Cutrale) – US$ 2,2 bilhões (R$ 8,3 bilhões)
- Alceu Elias Feldmann (Fertipar, empresa de fertilizantes) – US$ 2,2 bilhões (R$ 8,3 bilhões)
- Luis Frias (PagSeguro) – US$ 2,2 bilhões (R$ 8,3 bilhões)
- Luciano Hang (Havan) – US$ 2,2 bilhões (R$ 8,3 bilhões)
- Jorge Moll Filho (Rede D’Or) – US$ 2,2 bilhões (R$ 8,3 bilhões)
- Ermírio Pereira de Moraes (Grupo Votorantim) – US$ 2,2 bilhões (R$ 8,3 bilhões)
- Maria Helena Moraes Scripilliti (Grupo Votorantim) – US$ 2,2 bilhões (R$ 8,3 bilhões)
- Nevaldo Rocha e família (Riachuelo) – US$ 2,2 bilhões (R$ 8,3 bilhões)
Os mais ricos do mundo
- Jeff Bezos (Amazon) – US$ 131 bilhões
- Bill Gates (Microsoft) – US$ 96,5 bilhões
- Warren Buffett (Berkshire Hathaway) – US$ 82,5 bilhões
- Bernard Arnault (LVMH, Louis Vuitton) – US$ 76 bilhões
- Carlos Slim Helu (America Movil) – US$ 64 bilhões