Francisco Cuoco enaltece o espetáculo Paixão e Morte de um Homem Livre

“Eu saio desta cidade modificado”, disse o ator, que fez duas apresentações em Guabiruba

Francisco Cuoco enaltece o espetáculo Paixão e Morte de um Homem Livre

“Eu saio desta cidade modificado”, disse o ator, que fez duas apresentações em Guabiruba

Ele chegou na noite de quarta-feira, 12 de abril, sorridente e silencioso. Atores que interpretam guardas romanos se ordenaram em filas para a recepção. Francisco Cuoco acenou para todos e não se incomodou ao ser fotografado por alguém que furou a barreira e fez uma selfie. A impressão que se tinha é de que ele atenderia a todos já naquele primeiro momento, não fosse a intervenção necessária da segurança. Afinal, havia muito trabalho pela frente!

No camarim improvisado para o ator e decorado com muito carinho pela Associação Artístico Cultural São Pedro (AACSP), Francisco Cuoco recebeu o presidente da entidade, Marcelo do Nascimento e o vice, Nilson Ebele. Logo depois, foi apresentado ao diretor do espetáculo Paixão e Morte de um Homem Livre, Marcelo Carminatti e à diretora de elenco, Joice Alves. Foi ao lado dos dois que ele conheceu e caminhou pelo palco. Nada muito demorado: o áudio de suas cenas e a forma como deveria se posicionar. Ali mesmo ele já deu uma mostra de como imaginou dar vida ao sumo sacerdote Neftali, um dos incentivadores da paixão e morte de Jesus. Em segundos Francisco Cuoco fechou o semblante, ergueu as mãos e entendeu perfeitamente o que se esperava dele.

De volta ao camarim, fez prova de roupa e maquiagem. Entre um registro fotográfico e outro destas vivências de bastidores, ela sorria descontraído para a câmera e também fazia poses de sua interpretação do personagem.

O ensaio de quarta-feira começou com um pouco de atraso e encerrou próximo da meia-noite. Por isso mesmo ele deixou o pátio da comunidade São Cristóvão, no bairro Aymoré, em Guabiruba, sem falar com ninguém.

Já na manhã de quinta-feira, 13 de abril, na coletiva de imprensa, Francisco Cuoco falou com muito carinho sobre estas vivências iniciais. O mesmo discurso ele manteve ao fim da primeira apresentação, naquela noite. Por fim, nesta Sexta-Feira Santa, mais uma vez o ator global usou o microfone para contribuir com o principal propósito do espetáculo, que é a evangelização.

“Eu saio modificado desta cidade por ter tido a oportunidade de viver esta experiência nobre, justamente no dia em que antecede a Páscoa. É impossível ter passado por esta cidade, com o público de ontem e de hoje, sem falar da organização, do trabalho dos contrarregras, dos recursos de som, iluminação e mecânica. É uma coisa extraordinária. Um dos maiores teatros do Brasil e do mundo”, avaliou.

Francisco Cuoco agradeceu a possibilidade de participar de um projeto que, na opinião dele, foi muito bem organizado e dirigido. “Fiz um pequeno papel neste imenso espetáculo, no qual atuam centenas de voluntários, adultos e crianças, que se doam com a alma e com o coração. Vou ter este ano uma Páscoa diferente e quero que todos vocês levem no coração esta nossa alegria”, pontuou.

“Falar do teatro é falar da minha vida”
O presidente da Associação Artístico Cultural São Pedro, Marcelo do Nascimento, estava emocionado após o término da segunda noite de apresentação do espetáculo Paixão e Morte de Um Homem Livre, nesta sexta-feira, 14. Para ele, que está envolvido no projeto desde a fundação, em 1986, é motivo de orgulho e alegria finalizar mais uma etapa.

“O espetáculo estava lindo e isso me emociona porque fazemos tudo com amor. Quem nos conhece sabe o quanto amamos fazer isso. Falar do teatro é falar da minha vida. Resta, então, agradecer a equipe técnica e de apoio, aos atores e ao público maravilhoso que se fez presente nas duas noites de apresentação. Espero que todos possam voltar aos seus lares com o coração renovado e que a Páscoa deste ano aconteça de uma forma ainda mais verdadeira”, enfatiza Nascimento.

Para o diretor do espetáculo, Marcelo Carminatti, era difícil conter o sorriso minutos depois de o evento chegar ao fim. “A sensação é de dever cumprido. Só tenho a agradecer a Deus por estar no comando e a todas as pessoas envolvidas no projeto. Cada um tem sua parcela de importância e valor, já que a dedicação foi grande”, observou Carminatti.

Segundo ele, uma das inovações do espetáculo foi a interação com o público. Na cena de abertura, atores saíram da platéia em direção ao palco; quando Jesus ensina a oração do Pai Nosso, os expectadores foram convidados a rezar de mãos dadas; durante a multiplicação, a platéia também recebeu e partilhou pães e, por fim, o coral cantou e caminhou em meio a público. “Propor inovações é sempre um desafio, mas fez a diferença”, ressaltou.

No dia 30 de abril será realizada a festa de confraternização entre as pessoas envolvidas no espetáculo Paixão e Morte de Um Homem Livre. Na oportunidade será eleita a nova diretoria da Associação Artístico Cultural São Pedro e, logo em seguida, inicia a preparação para a 22ª edição do teatro, em 2019.

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