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Fundador, presidente e dono do estádio: Paulo Sorer é a cara do Sessenta

Por iniciativa própria, morador do bairro realiza objetivo e estabelece time próprio

A estruturação do Sessenta é uma realização de iniciativa quase que individual de Paulo Pedro Sorer. Morador do bairro, ele e a família estão envolvidos na história do clube desde o início, há cerca de 30 anos – e essa paixão pelo esporte vem desde jovem.

“Desde criança, sempre gostei de futebol. Mesmo já moço, eu brincava no meio das pedras com meu irmão, que vinha do Cerâmica Reis. A gente brincava com uma trave feita à mão de cada lado. Futebol era a diversão que tínhamos”, conta.

Paixão de Sorer pelo esporte vem desde jovem | Foto: Bruno da Silva

Ele e o irmão chegaram a jogar no bairro vizinho, Águas Negras, antes de decidir pela fundação do time. Na primeira década de história, aproximadamente, o clube ainda não tinha uma sede e atuava em campos emprestados por toda a cidade. Neste meio-tempo, o Sessenta chegou até uma decisão do campeonato estadual, onde foi derrotado pelo Flamenguinho – melhor campanha do time na história.

Campo é motivo de orgulho

A iniciativa de construção do campo foi de Paulo. A realização veio, além da paixão pelo esporte, de uma vontade de ter uma casa para chamar de sua.

“A prefeitura ajudou, mas bem pouco. Coloquei a cara e fiz, de tanto que eu gostava de jogar futebol. Gastamos o que não tínhamos mas eu queria ter o próprio campo”.

Além do time, que foi semifinalista no último campeonato amador realizado em 2019, a estrutura do Sessenta continua de pé até hoje. O campo, segundo Paulo, é o maior em extensão do município. O gramado tem iluminação em metade da extensão para jogos de suíço à noite, com cinco postes, além de banco de reservas, vestiários e chuveiros.

Paixão de Sorer pelo esporte vem desde jovem | Foto: Bruno da Silva

Os troféus, medalhas e fotos que representam a história do Sessenta estão expostos em uma sede, onde ficam também uma cancha de bocha, bar e mesas de sinuca. A administração desta parte Paulo cedeu a um casal de amigos, mas ele continua proprietário de toda a estrutura. “Eu administro o esporte ainda, limpeza do campo é com a minha família”, reforça.

O campo do Sessenta foi palco de muitas memórias marcantes, inclusive de uma partida com jogadores profissionais do Brusque, que atuaram em um amistoso organizado pelo ex-deputado Dagomar Carneiro, que foi finalizado com um churrasco.

Hoje, dois filhos de Paulo, sobrinhos e a família de modo geral, continuam envolvidos com o clube. Inicialmente um sonho, a realização vai sendo passada, ainda em vida, para as próximas gerações.


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