Golpe do falso vendedor de anúncios é investigado pela Polícia Civil
Homem prometia espaços de publicidade em veículos de comunicação de Brusque
Homem prometia espaços de publicidade em veículos de comunicação de Brusque
O caso do suposto vendedor de anúncios, que utilizava o nome de veículos de comunicação locais para aplicar golpes está sendo investigado pela Polícia Civil. Relatos da atuação do homem ocorreu a partir da primeira quinzena de abril.
De acordo com o comerciante Alex Sandro Roncelli a atuação foi inibida após a divulgação de imagens em grupos da Rede de Vizinhos e abordagens policiais. A presença do homem, segundo ele, era recorrente pelo Centro. Para a loja de informática, chegou a oferecer publicidade para um portal de notícias como permuta para a aquisição de um notebook.
Segundo a delegada Andreia Dornelles, o caso é investigado pela Divisão de Investigação Criminal de Brusque (DIC). Por enquanto, a falta de imagens da atuação dele estão entre os desafios do setor. Quem tiver informações e imagens que possam ajudar no andamento do trabalho, pode apresentar na Delegacia de Brusque.
No bairro Santa Rita, no mês de maio, pelo menos dois pontos de comércio foram visitados pelo golpista. A lojista Clarita Bernardi foi uma das vítimas e relata uma ação de, no máximo, cinco minutos de duração. O homem, lembra, apostava na confiança da empresária citando O Município como suposto empregador e demonstrando cartões de outros estabelecimentos como clientes.
Valor denunciou
“Ainda disse para ele que não sabia direito o que dizer e ele disse que o jornal entraria em contato depois”, relata. O contexto, nas vésperas do Dia das Mães, também foi usado para embasar o golpe. Ele alegava vender a publicidade pelo valor de R$ 39,90 como parte de uma promoção alusiva à data.
Foi o valor que a fez suspeitar do golpe, mas já era tarde e o homem já havia ido embora. Em 18 anos de loja, foi a primeira vez que ela foi vítima de situações semelhantes. Após o caso, ela reforçou a segurança do estabelecimento, com a instalação de câmeras de monitoramento.
Assim como ela, Robson Servi, dono de um salão de cabeleireiros no bairro foi visitado. No seu caso, além do valor fora do praticado, a diferença no padrão de atendimento e falta de apresentação levantaram suspeitas sobre o golpista. “Eu perguntei se o valor era por anúncio, ele disse que era por mês. Como estava sem nenhuma identificação, eu desconfiei”.
O homem não portava crachá ou uniforme da empresa e os materiais utilizados também não tinham identificação. De acordo com Servi, outro ponto suspeito foi a limitação de pagamento a vista.