Governo de Brusque convive com indecisão sobre quem será o candidato em 2020
MDB indica Ari Vequi para prefeito, mas Jonas Paegle pode buscar reeleição
MDB indica Ari Vequi para prefeito, mas Jonas Paegle pode buscar reeleição
A continuidade do governo na Prefeitura de Brusque vive um momento de indecisão. Se por um lado o mais comum seria o prefeito Jonas Paegle (PSB) ir à reeleição, por outro Ari Vequi (MDB) sinaliza que quer concorrer à cabeça de chapa. Como a política é imprevisível, a definição deve sair nos últimos momentos, em abril de 2020.
Embora já tenha falado em reeleição, Jonas Paegle prefere não se antecipar sobre quem vai concorrer à prefeitura. “Está cedo para decidir se sou candidato”, declara.
“A política tem momento certo. Não adianta se apresentar agora, o mais importante é tocar a cidade”, afirma o prefeito. Segundo ele, o foco são as obras no município, sobretudo no prolongamento da avenida Beira Rio.
A definição sobre se vai concorrer ou não de novo à prefeitura ficará para abril do ano que vem. Hoje, Paegle tem 73 anos e fará 74 em novembro de 2020. Nos bastidores, fala-se que ele está disposto a mais um mandato.
Paegle avalia que se lançar pré-candidato agora pode ser prejudicial. Ele afirma que seria ingenuidade já se declarar porque é “para levar pedrada” até o ano que vem, então é melhor esperar para ver como tudo ser ajustará para depois se colocar no xadrez político brusquense.
O prefeito aceita com naturalidade o fato de o MDB ter indicado Ari Vequi, hoje vice-prefeito, para ser o candidato à prefeitura em 2020. Vequi diz que está com o nome à disposição do partido, mas não crava se concorrerá.
“É da liberdade de cada partido lançar candidatos”, declara Paegle. Ele acrescenta que a “vida é democrática”, portanto, se o MDB optou por indicar Vequi já, é normal e não atrapalha a administração.
Ari Vequi vai na mesma direção. Ele afirma que buscará “até o último minuto o apoio do doutor Jonas”. O emedebista diz que a ideia é que o grupo que hoje governa a cidade tenha um só candidato.
“Temos palavreado que buscaremos a solução até o último dia de ter candidatura única. Não é uma posição só minha ou dele, é do grupo político que a gente fez para conduzir a administração”, declara.
Vequi dá indicativo de que espera concorrer na cabeça de chapa.
“Participei ativamente da administração e nos momentos difíceis permaneci ao lado dele [Jonas]. Não é uma cobrança, mas todos sabem da minha participação na busca de recursos, na parte administrativa e no comando da prefeitura. Eu espero ser reconhecido, mas cada um tem direito de disputar a eleição”.
O emedebista diz que fará “de tudo e mais um pouco” para ser o escolhido. Além do apoio do grupo, Vequi, com a experiência de quem conviveu com Luiz Henrique da Silveira, conhecido articulador da política catarinense, também pondera as suas chances nas urnas.
“Não sou candidato de mim mesmo. Quero ser candidato com possibilidades reais de eleição”, diz. Se por um lado ele espera apoio político, por outro, se tiver chances nas urnas, ele afirma que poderá concorrer contra qualquer adversário.
Jonas Paegle ainda está no PSB, esvaziado depois que o ex-prefeito Ciro Roza deixou a legenda neste ano para ir para o Podemos. “Estou ainda porque eu sair ou não é a mesma coisa”, declara o prefeito.
Ele ainda não decidiu se mudará de legenda e, caso positivo, para onde vai. Paegle avalia que o PSL perderá relevância com a saída de Jair Bolsonaro e que o novo partido a ser criado pelo presidente será mais uma opção.
Atualmente, o PSB em Brusque tem dois vereadores – José Zancanaro e Gérson Morelli, o Keka -, e o diretor-presidente do Instituto Brusquense de Previdência (Ibprev), Dagomar Carneiro.
“Provavelmente, se eu não disputar, o partido vá ser vice de alguém”, afirma Ari Vequi. O MDB é conhecido por apoiar governos em Brusque, mas não liderá-los. A última vez que um candidato do partido alcançou a prefeitura foi em 1982, com Celso Bonatelli.