Governo estadual nega pedido de 10 leitos de UTI para Covid-19 em Brusque

Municípios como Gaspar, Timbó, Itajaí, Blumenau e Balneário Camboriú já foram contemplados

Governo estadual nega pedido de 10 leitos de UTI para Covid-19 em Brusque

Municípios como Gaspar, Timbó, Itajaí, Blumenau e Balneário Camboriú já foram contemplados

O governo do estado indeferiu o pedido do Hospital Azambuja para o credenciamento de 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento de casos graves da Covid-19 em Brusque.

A decisão foi comunicada ao hospital e ao Conselho Municipal de Saúde (Comusa) nesta quarta-feira, 6.

Com isso, o principal hospital de Brusque continua com apenas um leito de UTI credenciado pelo governo para tratamento exclusivo dos pacientes infectados pelo novo coronavírus.

O presidente do Comusa, Júlio Gevaerd, lamenta a decisão do governo estadual. Ele diz que é difícil entender por que o município teve o pedido negado. “Lamentavelmente, estamos no meio de duas cidades com grande estrutura para atendimento do SUS, que são Blumenau e Itajaí, mas não consigo entender, porque Gaspar é do lado de Blumenau e tem 10 leitos credenciados. Itajaí agora tem 50 e Brusque nada”.

Gevaerd explica que nove dos 10 leitos de UTI que o Hospital Azambuja tem são credenciados pelo SUS, ou seja, estão destinados para atender pacientes graves de todas as doenças. O hospital pleiteava leitos exclusivos para o tratamento de doentes graves do novo coronavírus.

“Foi uma surpresa decepcionante. Isso deixa claro que o governo tem alguma coisa contra Brusque ou falta representação política da nossa cidade junto ao estado”.

O administrador do Hospital Azambuja, Evandro Roza, também lamenta a negativa do governo. Ele diz que não estão claros os critérios que a Secretaria de Estado da Saúde utiliza para fazer a distribuição dos leitos.

“O hospital Marieta de Itajaí recebeu mais 40 leitos, o Santa Isabel e o Santo Antônio, de Blumenau, 10 cada um. Rio do Sul mais 10 leitos, Timbó também foi contemplada e Brusque não. É difícil falar por que, pois as coisas não chegam até nós, não sabemos os critérios, só nos cabe aceitar as decisões”.

Roza lembra que a população de Brusque, Guabiruba, Botuverá, Nova Trento, Canelinha, São João Batista, representa um número expressivo que poderia ser beneficiada com os novos leitos para a Covid-19. 

“Tomara que a gente não precise desses 10 leitos, até o momento estamos conseguindo nos manter, mas não sabemos como será daqui pra frente”.

O administrador lembra que o hospital já estava planejando abrir uma segunda UTI com mais 10 leitos no futuro, e que o credenciamento no governo do estado facilitaria bastante no projeto.

“Aceleraria, seria um passo andado. Mas eu, como administrador, não vou mais atrás do credenciamento relacionado ao Covid-19 porque se torna cansativo, não sabemos quais critérios são usados, é como dar murro em ponta de faca. Vamos continuar com o nosso planejamento para a segunda UTI, com a busca de equipamentos e espaço físico”.

O credenciamento de mais leitos no Hospital Azambuja para o tratamento da Covid-19 também foi uma reivindicação liderada pela Associação Empresarial de Brusque (Acibr) e demais entidades e da Secretaria de Saúde.

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