Greve dos bancários impactou vendas no Dia das Crianças em Santa Catarina

Gasto médio ficou em R$ 170,57 por pessoa, inferior ao valor gasto no ano passado

Greve dos bancários impactou vendas no Dia das Crianças em Santa Catarina

Gasto médio ficou em R$ 170,57 por pessoa, inferior ao valor gasto no ano passado

Os catarinenses gastaram menos com o presente do Dia das Crianças neste ano. Segundo a pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviço e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio-SC), realizada em 499 empresas do comércio do Estado nas cidades de Lages, Chapecó, Blumenau, Joinville, Criciúma, Florianópolis e Itajaí, o gasto médio ficou em R$ 170,57 por pessoa, inferior ao valor gasto no ano passado, de R$ 197, 75.

A cidade que mais desembolsou com a data foi Chapecó, onde os entrevistados relataram a média de gastos em torno de R$ 212,85, seguida de Lages (R$ 173,87) e Joinville (R$ 167,7). Os moradores de Blumenau foram os que menos gastaram (R$ 154,76).

Greve dos bancários afetou vendas

Durante os dias que antecederam e no próprio feriado do Dia das Crianças, a greve dos bancários acabou impactando nas vendas do comércio, conforme com os entrevistados. Pelo menos 62,42% dos comerciantes alegaram redução no volume das vendas este ano. A cidade com maior impacto foi Criciúma (75%), seguida de Florianópolis (70,9%) e Lages (69%).

Faturamento e forma de pagamento

Ainda segundo o estudo, o faturamento das empresas em relação ao ano anterior teve queda de -0,34% no Estado. Criciúma foi a cidade com maior queda (-6,85%), seguida de Itajaí (-3,36%) e Florianópolis (-2,95%). 
Já na comparação com o mês anterior o crescimento do faturamento foi de 7,94%, reforçando a importância das vendas do Dia das Crianças para o comércio. Blumenau – como no Dia dos Pais – foi o município com maior variação no faturamento em relação ao Dia das Crianças 2013, com 13,77%, seguida de Joinville (11,98%) e Florianópolis (10,76%).

O pagamento à vista foi responsável por 51,2% das compras, dividido entre o dinheiro (14,3%), o cartão de débito (10,1%) e o cartão de crédito em apenas uma parcela (26,8%). Já na forma de pagamento a prazo, o cartão de crédito dominou, sendo responsável por 35,3% das vendas, seguido pelo parcelamento no crediário (8,1%). 

Para a Fecomércio-SC, outro ponto que chama atenção é o fato de 62,1% das compras ter sido realizada com meio de pagamento eletrônico (cartão de crédito e débito), mostrando a cada vez maior utilização desta forma de pagamento.

Contratações

Na maior parte das lojas do comércio, houve um número bastante reduzido de empresas que realizou contratações para atender o aumento da demanda do período: 10,6%. Lages foi a cidade que mais contratou, com 17,2%. A Capital teve uma média de aumento no número de funcionários de 15,5%.

Para a Fecomércio-SC, a forte carência de mão de obra tem impactado tanto no custo da mesma, que aumenta, quanto na produtividade, que cai. Assim, o empresário fica propenso a não contratar, fato que vem se repetindo em praticamente todas as datas de aumento do movimento do comércio.

Entre as empresas que contrataram, a média de funcionários temporários foi de 3,14 no total do Estado, tendo Florianópolis a maior média, de 3,84 contratações temporárias, enquanto que Criciúma e Joinville foram as cidades que apresentaram menor média, com a contratações de 1,7 colaboradores adicionais.

Avaliação negativa

Segundo o economista da Fecomércio-SC, Maurício Mulinari, em 2013 o resultado do Dia das Crianças não foi tão favorável como o de anos anteriores. A desaceleração das vendas do comércio deste ano, o gasto médio inferior ao de 2012 e o agravante da greve dos bancários, fez com que o faturamento registrasse uma variação negativa na comparação com o ano anterior.

“Se considerarmos que a inflação do período foi de 6,09%, o resultado negativo de 0,34% ganha ainda mais relevância. Mesmo assim, a data – que é a terceira em movimentação para o comércio, perdendo apenas para Natal e Dia das Mães – continua sendo de extrema importância para o comerciante, sendo que ela trouxe um importante incremento de 7,94% no faturamento das empresas em comparação com os meses comuns do ano”, afirma Mulinari.


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