Grupo criado em Brusque pretende combater estereótipos e preconceito contra cães de raças bull

Federação também organiza eventos que visam oportunizar momentos especiais entre animais e tutores

Grupo criado em Brusque pretende combater estereótipos e preconceito contra cães de raças bull

Federação também organiza eventos que visam oportunizar momentos especiais entre animais e tutores

Criada em novembro de 2023, a Federação Bulls Brusque, focada em proporcionar momentos especiais entre tutores e cães, está ganhando cada vez mais espaço no município.

Mais do que organizar encontros e eventos, os fundadores afirmam que buscam conscientizar as pessoas sobre as raças e, principalmente, acabar com os estereótipos que sempre estiveram associados a esses animais.

Para saber mais sobre os objetivos da Federação e seus animais, a equipe de reportagem do jornal O Município conversou com os dois membros fundadores do grupo: Ivo Miguel Buss, de 36 anos, e Wilson Alves Cardozo, de 42 anos.

Luta contra o preconceito

Segundo Ivo, tutor do Luffy, tudo começou em novembro do ano passado, quando se encontrou com Wilson em um encontro de tutores de bulls, categoria que engloba todos os cães de raças do tipo Bull.

“Conversamos e pintou a ideia de criarmos uma federação que buscasse organizar eventos e encontros. Desde o início, queríamos mostrar para o maior número possível de pessoas que cães desse tipo não são agressivos, muito pelo contrário”, conta Ivo.

Ivo e Luffy – Otávio Timm/O Município

Wilson, que também cria animais e é tutor do Scar, mascote da Federação, diz que o preconceito com as raças é muito comum no Brasil. Ele reforça que cães desse tipo recebem um tratamento diferente, e que em muitos momentos o animal não é o verdadeiro culpado nos acidentes em que está envolvido.

“Dizem que eles são assassinos e agressivos, mas quando você conhece um de perto, vê que isso não é verdade. São raças dóceis quando são bem tratados. Na maioria dos casos de agressão envolvendo um Bull, pode ter certeza de que há uma falha do tutor”, diz o fundador.

Ainda segundo Wilson, na maioria das vezes a atenção de que o cão precisa não é dada e isso cria problemas no futuro.

“Tenho firme na minha mente que o cão é o espelho do tutor. Se você cria um animal para ser agressivo, ele será. Isso é simples”, diz o membro fundador.

Wilson e Scar – Otávio Timm/O Município

Companheiros e carinhosos

Questionado, Ivo diz que se a pessoa procura um cão para ser um cão de guarda, muitas raças da família Bull não são indicadas, visto que são cães que costumam ser dóceis e companheiros, ou seja, não gostam de ficar sozinhos.

“O cão é de fato o melhor amigo do dono. Isso não se discute. O American Bully, por exemplo, que é o que tenho, se dá muito bem em apartamento. Ele pode ser pesado, mas não cresce demais. Gosta de ficar deitado e parado perto do dono”, comenta.

Scar e Luffy são os mascotes da Federação – Otávio Timm/O Município

Wilson complementa dizendo que o tutor precisa ser uma pessoa disposta a dar carinho ao animal, principalmente os da raça American Bully.

“Eles são tranquilos e gostam de qualquer ambiente. Se você levá-los para passear, ficarão felizes; porém, se preferir ficar em casa, também gostarão. Precisam de bastante atenção e água, visto que se cansam rápido devido ao peso do corpo”, conclui.

Exemplos de raças que pertencem à família dos Bulls

  • American Pit Bull Terrier;
  • American Staffordshire Terrier;
  • American Bully;
  • Bull Terrier;
  • Bull terrier miniatura;
  • Staffordshire bull terrier.

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