Guabiruba conquista primeiro ouro em Olimpíada de Matemática
Aluno Rafael Henrique Lang Duarte recebe na quinta-feira, 2, medalha de ouro no Rio de Janeiro
No mesmo lugar onde quatro dos mais importantes matemáticos do mundo serão laureados com a maior honraria da área, a Medalha Fields, o aluno do 8º ano da Escola Básica Municipal Professora Anna Othilia Schlindwein Rafael Henrique Lang Duarte, 14 anos, e outros 575 estudantes de todo o Brasil vão receber a medalha de ouro da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP).
A premiação ocorre na quinta-feira, 2, às 15h30, no centro de convenções Riocentro, no Rio de Janeiro, durante o Congresso Internacional de Matemáticos, sediado pela primeira vez no Hemisfério Sul, que reúne de 1º a 9 de agosto pesquisadores de todo o mundo para acompanhar os mais destacados estudos da área.
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Rafael foi um dos 11 alunos catarinenses a conquistar o ouro na 13ª edição, realizada em 2017 com mais de 18 milhões de participantes do Brasil. É o primeiro ouro que Guabiruba conquista na Olimpíada, competição realizada desde 2005 pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Esta é a maior olimpíada estudantil do país, destinada a alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio.
Rafael confidencia que está ansioso. Além de ser a primeira viagem de avião que irá fazer, é a realização de uma meta que se propôs ao conquistar a medalha de prata na edição anterior da olimpíada. “Naquela época ele disse: diretora, eu vou trazer o ouro para a nossa escola”, orgulha-se a diretora, Luciana Voss Dallabeneta, reforçando a importância da conquista para incentivar outros estudantes a seguirem o mesmo caminho.
“Sempre gostei mais de matérias como geografia e história. Poderia citar todos os países do mundo, capitais, bandeiras e um pouco da história recente. Mas na matemática comecei a gostar da lógica para chegar no resultado. A lógica por tras das contas”, diz ele, que tira 10 em quase todas as provas. “Em uma prova ele tirou 9,8 e já não gostou”, lembra sua professora de Matemática, Daiana Kohler.
A docente destaca que Rafael é um aluno que vai muito além do estudo em sala de aula. Ela explica que a olimpíada entrega menção honrosa, que alguns estudantes do município já receberam, e as medalhas de bronze, prata e ouro. Rafael já recebeu uma prata e Ueslei Fischer, do 7º ano da Escola Básica Municipal Professor Carlos Maffezzoll, bronze.
Premiação nacional
A premiação nacional terá a presença de representantes dos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, do diretor-geral do IMPA, Marcelo Viana, e do diretor-adjunto do Impa e coordenador nacional da OBMEP, Claudio Landim.
No evento, Artur Avila, único brasileiro a ganhar a Medalha Fields, será homenageado pelo MEC com a Medalha da Ordem Nacional do Mérito Educativo, honraria que tem por finalidade premiar personalidades nacionais e estrangeiras que se tenham distinguido por excepcionais serviços prestados à Educação.
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A OBMEP manteve o número de medalhas para alunos de escolas públicas das edições anteriores: 500 de ouro, 1.500 de prata, 4.506 de bronze e 38,6 mil menções honrosas. Os estudantes de escolas particulares receberão 76 medalhas de ouro, 227 de prata, 682 de bronze e 5,7 mil menções honrosas.
Sobre a OBMEP
A OBMEP é realizada pelo Impa e promovida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e do Ministério da Educação (MEC), com o apoio da SBM. Tem como metas estimular o estudo da Matemática, revelar talentos – incentivando seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas – e promover a inclusão social pela difusão do conhecimento.
A 13ª edição, realizada em 2017, foi a primeira com participantes de colégios particulares. Do total de estudantes inscritos, 941 mil foram classificados à segunda fase da competição.
O impacto efetivo da OBMEP nos resultados de Matemática no país tem sido medido por estudos independentes. De acordo com trabalho do ex-presidente do INEP Chico Soares, escolas que participam ativamente da competição apresentam melhora no desempenho dos alunos de 26 pontos na Prova Brasil, o equivalente a 1,5 ano de escolaridade extra.