Quando se fala em turismo, Guabiruba é reconhecida pelas atividades
culturais desenvolvidas a partir das tradições dos imigrantes que colonizaram o município. Porém, a cidade possui também grande potencial para o ecoturismo, que é cada vez mais explorado por seus habitantes e por visitantes de toda Santa Catarina, de outros estados e até mesmo de outros países.

O turismólogo e diretor de Turismo de Guabiruba, Andrei Müller, explica que o potencial já é observado há anos. São múltiplas belezas naturais, que vão desde cachoeiras e cânions até trilhas e mirantes em topos de morros, e oportunidades para a prática de atividades como hiking, trekking, voos livres, canyoning, rapel, ciclismo e até mesmo observação de pássaros e outros animais.

Em convênio com a Prefeitura de Guabiruba, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) desenvolveu um Plano de Turismo que reúne os principais pontos turísticos, envolvendo todas os potenciais. O estudo rendeu também o Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável (PDITS), plano de ação lançado em fevereiro deste ano com medidas para serem realizadas de curto a longo prazo.

Até 2020, diversas ações serão implantadas no município, entre elas, a criação de uma rota de cicloturismo entre os municípios de Gaspar, Brusque, Guabiruba, Botuverá e Nova Trento. As rotas de bicicleta já são um atrativo para muitos turistas que visitam a região e, na visão de Müller, a integração será bastante positiva para alavancar o turismo nas cidades que fazem parte da rota.

Guabiruba faz também parte do Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (Cimvi) e integra a rota do Circuito Vale Europeu Catarinense. “Estamos trabalhando em nível regional e, unindo os municípios, o turismo da região ganha mais força”, diz Müller, que afirma que a Diretoria de Turismo está bastante otimista com os investimentos.

Parque Nacional da Serra do Itajaí
Criado em 2004, o Parque Nacional da Serra do Itajaí protege mais de 57 mil hectares de florestas, preservando áreas contínuas de Mata Atlântica em estágio avançado de regeneração. Além de Guabiruba, integram o parque os municípios de Apiúna, Ascurra, Blumenau, Botuverá, Gaspar, Indaial, Presidente Nereu e Vidal Ramos.

O parque integra a trilha de longa distância Caminho da Mata Atlântica, caminho que está sendo construído com a ajuda de voluntários e pretende passar por diversos parques nacionais numa trilha de mais de 3 mil quilômetros de extensão.

O caminho tem seu início no Parque Estadual do Desengano, no Rio de Janeiro, e segue toda a cadeia montanhosa da Serra do Mar, até o Parque Nacional dos Aparados da Serra, em Santa Catarina, conectando trilhas e travessias, algumas já existentes, e outras que estão sendo abertas e sinalizadas pela Associação de Ecoturismo, Preservação e Aventura do Vale do Itajaí (Assepavi).

Em Guabiruba, o ecoturismo muitas vezes mistura-se com o turismo religioso ou o de aventura. Isso é porque o município tem muito a oferecer, para todos os gostos. Esportes de aventura, cachoeiras, mirantes, caminhadas ecológicas: não faltam opções de recantos de contato com a natureza para quem visita Guabiruba.

Entenda os termos usados neste especial:

Hiking: caminhadas em trilhas, geralmente feitas em um dia só; “bate-e-volta”.

Trekking: caminhadas em trilhas, normalmente incluem acampamento; passeios de mais de um dia.

Montanhismo: esporte de aventura que consiste na escalada de montanhas.

Canyoning: também chamado “canionismo”, é a exploração de rios através de caminhada, nado e técnicas como o rapel.

Rapel: descida de paredões e vãos livres, realizada com cordas e equipamentos de segurança.

Trail run: corrida em trilha; esporte de corrida fora das pistas, em terrenos montanhosos, com descidas e subidas íngremes.

Parapente: modalidade de voo livre, realizado sozinho ou em dupla.


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– Mordida do Gigante
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– Morro São José
– Serra do Paulo Kohler
– Morro Santo Antônio
– Trilha Graff
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– Cachoeira do Jerônimo