Guabiruba ultrapassa a marca dos 16,5 mil veículos; veja os números
Frota municipal registra crescimento anual desde 2010; maior taxa de aumento foi em 2012, com 7,37%
Frota municipal registra crescimento anual desde 2010; maior taxa de aumento foi em 2012, com 7,37%
Em 2018, Guabiruba chegou à marca dos 16,5 mil veículos emplacados no município, incluindo carros, motocicletas, motonetas, caminhões e outros modelos de automóvel. Segundo dados disponibilizados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o município ultrapassou a marca dos 16 mil veículos ainda em 2017 e, desde 2010, registra crescimento anual no número da frota.
A frota veicular é composta, principalmente, por carros: são 8.987, 54% do total de veículos. Em seguida, os tipos de automóvel mais emplacados no município são as motocicletas e motonetas, que representam, respectivamente, 19% e 9% da frota.
Desde 2010, houve registro de crescimento na frota todos os anos, com a maior alta sendo entre os anos de 2011 e 2012, quando o número de veículos subiu de 12.391 para 13.305 – um aumento de 7,37%. Após o ano de 2014, o crescimento continuou ocorrendo, porém, num volume menor do que dos anos anteriores.
O prefeito de Guabiruba, Matias Kohler, acredita que o que incentiva o crescimento da frota de veículos é, de fato, o crescimento econômico que a cidade apresentou nos últimos anos, que permite o aumento do poder aquisitivo da população. Ele pontua também a importância da organização das vias, questão sobre a qual o município precisa se manter atento para que possa continuar comportando essa frota crescente.
“Precisamos otimizar, melhorar nossa capacidade para permitir que o fluxo de veículos continue, atentos para que ele possa fluir. Para isso, temos que trabalhar o Plano de Mobilidade, estudar quando houver a necessidade de novas vias que extravasem o fluxo. Essas ações são pontos nos quais vamos trabalhar continuamente”, afirma Kohler.
Segundo projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Guabiruba contabilizou 18.430 habitantes em 2017. Com a frota atingindo os 16.536 veículos, a média do município de é 1,11 automóveis por habitante. Caso cada guabirubense possuísse um veículo, apenas 1.894 pessoas não teriam um carro, motocicleta, motoneta ou outro tipo de automóvel – ou seja, somente 10,27% dos habitantes estariam andando a pé. O número inclui crianças e adolescentes.
Ainda de acordo com o IBGE, Guabiruba possui um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,754, considerado alto, e o salário mensal dos trabalhadores formais, em 2015, data da última pesquisa, era de 2,4 salários mínimos (cerca de R$ 1.891,20, considerando que o valor do salário mínimo naquele ano era de R$ 788).
Plano de Mobilidade em construção
A coordenadora de trânsito e transporte da GBTran, Mariana Reis, explica que, no momento, o município está trabalhando na elaboração do Plano de Mobilidade Urbana, que deve ser apresentado até o ano que vem e tem como objetivo organizar o fluxo de veículos crescente da cidade.
O planejamento inclui o incentivo ao uso de outros modais, como a bicicleta, que dependeria da construção e implementação de ciclovias nas ruas do município. Em relação ao transporte coletivo, Guabiruba possui dez ônibus que fazem o transporte escolar para as escolas e creches e circulam em linhas próprias.
De acordo com Mariana, Guabiruba recebe muitas pessoas de outros municípios e estados, em busca de oportunidades de emprego que acabam investindo em transporte próprio, o que poderia ajudar a explicar o alto volume de carros e motos no município.
Venda de veículos é estável
Segundo Euclides Schweigert Júnior, responsável pelas vendas da Schweigert Veículos, a venda de carros em Guabiruba é constante e não tem passado por oscilações nos últimos anos. “A cidade vem crescendo nos últimos tempos, e também o poder aquisitivo dos habitantes. O crescimento do município é expressivo, temos empregos, empresas, e questões como as falhas no transporte público”, afirma. De acordo com ele, os líderes de vendas na loja são carros da linha popular, especialmente os semi-novos, com no máximo 5 anos de uso.
Segundo Mauro Pretti, proprietário da Pretty Car Veículos e atuante no ramo há 15 anos, o crescimento da frota pode ser explicado também pela facilidade na aprovação de financiamento de veículos, o que aquece o mercado, especialmente dos semi-novos e usados. “Vendemos muitos carros que são o primeiro carro do cliente, que costuma ter seus 18, 20 anos de idade. Esse é um público crescente”, afirma.
“Hoje em dia, as pessoas não querem mais depender dos outros, por isso a busca pelo transporte próprio. Com o sistema de transporte coletivo deficiente, as pessoas buscam ter seu próprio veículo. Sem contar os que abandonam as motos, tanto de baixa quanto de alta cilindrada, e estão partindo para o carro em busca de mais segurança”, pontua Pretti.