Hantavirose: após ser mordido por rato silvestre e pegar a doença, menino de 11 anos morre em SC
Morte foi confirmada no dia 7 de setembro
Morte foi confirmada no dia 7 de setembro
Um menino de 11 anos morreu de hantavirose no município de Urubici, na Serra catarinense. Na ocasião, a criança foi mordida por um rato silvestre e a informação foi dada pela secretaria de Saúde do município na terça-feira, 20.
Segundo informações, a criança morava em uma área rural do município. A morte foi confirmada no dia 7 de setembro, porém, o exame só mostrou o resultado na noite de sexta-feira, 16.
Em entrevista ao G1, o secretário de saúde do município, Diogo Blumer, disse que são monitorados 18 casos suspeitos da doença. Ele também confirma que o número de ratos silvestres na região da Serra catarinense aumentou e que Urubici está em alerta.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) afirmou que, no município da Serra catarinense, houve um aumento na população dos roedores silvestres dos gêneros Akodon e Oligoryzomys, que podem ter o hantavírus.
O órgão informa que a hantavirose é uma síndrome febril aguda e os sintomas iniciais são semelhantes aos de outras doenças febris agudas (como leptospirose e dengue).
Além disso, são marcados por febre, mialgia, dor nas articulações, dor de cabeça, dor lombar e abdominal e sintomas gastrointestinais.
Por isso, não se deve esperar para buscar atendimento médico. Tais sinais podem rapidamente evoluir para comprometimento cardíaco e pulmonar, culminando na morte do paciente. O período de incubação em média é de 14 dias, mas pode levar um mínimo de três e um máximo de 60 dias para os primeiros sinais surgirem.
De acordo com o órgão, a infecção humana ocorre mais frequentemente pela inalação de aerossóis. Eles são formados a partir da urina, das fezes e da saliva de roedores silvestres infectados.
Os roedores silvestres conhecidos como rato da mata e ratinho do arroz, diferenciam-se dos roedores maiores. Estes últimos são encontrados mais frequentemente em ambientes urbanos, como a ratazana e o rato de telhado.
“São roedores de pequeno porte (o macho adulto chega a 25 gramas), e vivem preferencialmente próximos a plantações. Porém, eles podem também ser encontrados em ambientes periurbanos. A cor da pelagem pode ser avermelhada, cinza ou até cor de terra”.
A hantavirose é uma doença de notificação compulsória imediata (em até 24 horas). Isso permite oportunizar a investigação ambiental, identificação das possíveis fontes de transmissão e adoção de medidas preventivas.
“Os profissionais de saúde devem estar atentos à possibilidade de surgimento de casos de hantavirose, realizando a suspeição e o manejo clínico indicado. É de extrema importância a suspeição precoce da doença, com notificação imediata dos casos”, informou a Dive em nota.
A vigilância da doença e o manejo clínico dos são orientados por manuais disponibilizados pelo Ministério da Saúde e divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde para as Secretarias Municipais de Saúde.
Questionada sobre o aumento de casos em Urubici, a Dive diz que observou-se um aumento na população de roedores silvestres (Akodon sp e Oligoryzomys sp) que são reservatórios do hantavírus.
“Essa situação pode estar relacionada a floração da taquara Cará (Chusquea mimosa var. australis) que ocorreu no final do verão. A taquara Cará se encontra dispersa em uma extensa área de mata atlântica, de forma que o aumento na população de roedores silvestres pode se estender para outras regiões do Estado. Dessa forma, a Secretaria de Estado da Saúde emitiu o Alerta 15/2022, alertando os serviços de saúde sobre a situação e a suspeição da doença, assim como esteve no município de Urubici e Lages para reuniões com diferentes setores (saúde, hospitais, agricultura, entre outros) para discussão sobre a situação e medidas a serem adotadas”, respondeu.
Aa prevenção das hantaviroses baseia-se na utilização de medidas que impeçam o contato do homem com os roedores silvestres e suas excretas (fezes ou urina).
As medidas de controle devem conter ações que impeçam a aproximação dos roedores. São exemplo de ações:
Em nota, o órgão lembra que Santa Catarina registra casos da doença anualmente, sendo um agravo monitorado rotineiramente. No ano de 2021 foram confirmados 12 casos de hantavirose, com três óbitos pela doença.
“No ano de 2022, até o momento, foram confirmados seis casos de hantavirose, com quatro óbitos. Os quatro óbitos registrados em Santa Catarina por hantavirose no ano de 2022 ocorreram nos municípios de: Agronômica, Caçador, Lontras e Urubici”, conclui.
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