A história através de selos e moedas: mostra filatélica e numismática em Brusque traz registros da época do império brasileiro
Exposição segue até o dia 24 de setembro
Exposição segue até o dia 24 de setembro
Existem várias formas de contar e registrar a história de um país. Uma delas é através de coleções, como as expostas em Brusque na Mostra Filatélica (selos) e Numismática (moedas) alusiva aos 200 anos da Independência do Brasil.
Com itens da época do império brasileiro, a mostra, que permanece até o dia 24 de setembro na Livraria Graf, conta um pouco da trajetória do país. Entre os destaques estão os primeiros selos do Brasil e as moedas do primeiro reinado brasileiro.
A abertura da mostra contou com a participação de diversos colecionadores e destaques da comunidade filatélica. Uma delas é o presidente do Clube Filatélico Maçônico do Brasil, diretor institucional da Filabras e vice-presidente da Academia de Filatelia, Renato Mauro Schramm.
Para ele, a mostra feita em Brusque é de grande destaque. “Não são todos os lugares em que hoje temos uma exposição desse nível, homenageando os 200 anos da nossa independência”, afirma.
A mostra foi organizada pelo Jorge Krieger Filho, presidente do Clube Filatélico Brusquense, e traz itens de colecionadores de diferentes cidades de Santa Catarina. “Nosso objetivo é homenagear os 200 anos da independência do Brasil, já que fomos o segundo país a emitir selos postais”, comentou.
Criado em 29 de novembro de 1842 por decreto imperial, o selo postal “Olho de Boi” foi o primeiro brasileiro e o quarto mundial, visto que a Inglaterra já havia emitido três versões. Com imagem simples, o selo possui três versões, a de 30, 60 e de 90 réis.
O selo foi desenvolvido para ser utilizado em território nacional e internacional. O seu nome surgiu devido ao formato do desenho, que lembra um pouco o olho do animal.
Para a sua impressão, a arte foi gravada em matrizes de aço e transferida para chapas de cobre na Casa da Moeda. Os selos eram impressos na Oficina da Estamparia das Apólices do Rio de Janeiro.
Antes da independência, circulavam no Brasil moedas portuguesas. Foi somente após a criação do império brasileiro que foram cunhadas as primeiras moedas do país.
Nela estava escrito “Petrus I. D. G. Const. Imp. Et. Perp. Bras. Def.”, que significa “Pedro I, por graça de Deus, Imperador Constitucional e Perpétuo Defensor do Brasil”. Além do número indicando o seu valor, na moeda também foram feitos desenhos de flores. Algumas formavam um círculo, já outras estavam espalhadas ao redor do número.
A prática de colecionar selos, conhecida como filatelia é antiga e Brusque possui o primeiro clube catarinense de colecionadores. Criado em 1935, o Clube Filatélico Brusquense atualmente possui 25 membros e faz reuniões mensais para trocas.
Jorge, que coleciona desde os 11 anos, explica que a filatelia é didática, pois estimula a pesquisa sobre história e geografia. “Eu acho que é muito importante jovens colecionar selos e moedas, porque através desse material eles podem conhecer aspectos e peculiaridades dos países emissores. Cada selo revela aspectos históricos, geográficos e de personalidades”, contou.
Para quem deseja começar na filatelia, o presidente do clube recomenda iniciar com os selos que estão em circulação atualmente no Brasil. “Eu recomendo que quem queira começar a adquirir os selos lançados hoje pelo Correios e ir organizando”, disse.
Existem diferentes formas de colecionar, como por exemplo de estilos e temas específicos. No caso de Jorge, ele é especializado em selos brasileiros por ordem de emissão, já outro colega é em personalidades brasileiras, ou seja, somente os selos que possuem imagem de personagens históricos.
Interessados em iniciar na filatelia pode entrar em contato com o clube através do 47 99969-1516, para receber orientações ou ingressar no grupo.
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