Homem fica nu e assedia alunas de escola do bairro Bateas
Menina de dez anos foi abordada por três vezes durante a semana, sendo que em uma, suspeito correu atrás dela
Menina de dez anos foi abordada por três vezes durante a semana, sendo que em uma, suspeito correu atrás dela
Uma menina de 10 anos viveu momentos de terror na manhã de sexta-feira, 24, por conta de uma suposta tentativa de estupro, durante o caminho para a escola, no bairro Bateas.
A mãe de 38 anos, relatou que a filha, que estuda no período da tarde, na Escola de Educação Fundamental Padre Theodoro Becker, estava indo para a aula de reforço, quando dois homens, em um Palio Weekend bordô, tentaram abordar a menina.
Em um primeiro momento, um dos suspeitos chamou a menina para pedir informação e ofereceu carona, sendo que já estava nu dentro do carro e ainda mostrou o órgão genital para ela.
Ao negar a carona, a menina apressou o passo, pois já estava quase em frente à escola. Neste instante, um segundo homem, que estava na parte de trás do veículo, desceu e tentou correr atrás da menina, que gritou e correu para dentro da escola.
Segundo a mãe, com esta é a terceira vez que a filha é abordada nesta semana, porém nas outras duas vezes foram à tarde e era apenas um homem. “Ele pedia informações e oferecia carona. Estava cada dia com um carro diferente e sozinho”, conta.
A menina chegou desesperada para a diretora Maria Vanete Pieper e relatou todo o ocorrido. Imediatamente, a diretora foi para frente da escola tentar localizar os criminosos, mas já haviam fugido. “Chamamos a Polícia Militar, que esteve na escola, mas infelizmente não localizaram os homens”, conta.
A diretora ressalta que neste ano uma funcionária da escola e mais duas alunas também já foram abordadas por um dos suspeitos. “Quando essa aluna me contou que eram dois, até me espantei, porque antes era sempre um só que sempre vem em um carro diferente ou em uma moto e age sempre da mesma maneira”, relata. Em algumas vezes, o homem chegou a se masturbar na frente das alunas, que correram para dentro do pátio da escola.
Em um dos ocorridos, uma das alunas conseguiu anotar a placa do veículo, que foi repassada para a Polícia Militar. “Sempre que acontece e elas vem me contar, acionamos a PM, mas nunca tivemos o sucesso de conseguirem abordá-lo”, diz a diretora.
A mãe da aluna esteve na Delegacia de Polícia Civil ainda na noite de sexta-feira para registrar o ocorrido, mas foi orientada a retornar hoje e procurar a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami).
“Espero que a polícia investigue e faça realmente alguma coisa para parar esse maníaco. A comunidade precisa se unir também e tomar providências antes que o pior aconteça”, pede.
Caso antigo
A diretora revela que isso ocorre há anos na região, mas geralmente o suspeito age por alguns dias e depois some por um tempo. “Há uns dois anos havia sido preso um homem aqui em Brusque, pois fazia as mesmas atitudes. Eu cheguei a receber uma carta do juiz questionando se a situação havia parado e realmente tinha. Mas agora voltou. Não sei se é o mesmo homem que está em liberdade ou é outro que age da mesma maneira”, informa.
Segundo Maria Vanete, nunca se teve relatos de que o homem chegou a praticar, efetivamente, algum ato sexual com alguém. Mas ainda assim teme que algum mal possa ocorrer com alguma aluna, funcionária ou até mesmo moradoras próximas à escola.
“Eu venho orientando os pais das alunas a fazerem um boletim de ocorrência e as crianças também recebem orientações para sempre andarem em grupos e não pararem para ninguém desconhecido que a chamarem para perto do carro”, diz.
Ela pede ainda que a comunidade próxima a escola também fique atenta e a qualquer suspeita, ligar imediatamente para a Polícia Militar. “Mesmo os fatos ocorrerem fora da escola, eu me preocupo com meus alunos. Por isso peço colaboração de todos, especialmente dos pais”.
Reportagem de Miriany Farias, com informações de Levi de Oliveira