Hospital Azambuja e Prefeitura de Brusque discutem revisão do contrato

Comissão com membros do Comusa e da Câmara de vereadores também acompanha os trabalhos

Hospital Azambuja e Prefeitura de Brusque discutem revisão do contrato

Comissão com membros do Comusa e da Câmara de vereadores também acompanha os trabalhos

O Hospital Azambuja e a Prefeitura de Brusque reiniciaram as discussões para revisão do atual contrato de prestação de serviços, por meio do qual o município garante o atendimento à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A novidade este ano é que foi formada uma comissão de negociação não só com membros do hospital e da prefeitura, mas também com representantes da Câmara de Vereadores e do Conselho Municipal de Saúde (Comusa).

No ano passado, hospital e prefeitura divergiram bastante sobre a revisão do contrato, já que o Azambuja queria um reajuste que o governo alegou não poder dar. Em outubro, foi feito um acordo para que o contrato fosse reajustado em 5,19%.

Nesse acordo, ficou estabelecido também que nova revisão do contrato seria feita em março deste ano, embora ele expire apenas em novembro. Atualmente, o governo municipal faz um repasse fixo de R$ 650 mil ao hospital, e valor semelhante é repassado de recursos federais.

Também consta no acordo firmado em outubro de 2017 que, neste ano, o percentual de reajuste do contrato partiria daquilo que fosse dado ao funcionalismo público municipal, o qual foi de 1,81%.

Consultados, entretanto, o secretário de Saúde, Humberto Fornari, e o administrador do Azambuja, Evandro Roza, evitaram falar em valores, já que as conversas recém iniciaram, e apenas duas reuniões foram realizadas.

Ambos avaliam que se caminha para um acordo amigável entre as partes. Uma próxima reunião está marcada para quarta-feira, 4, quando serão discutidos especificamente números – atendimentos e finanças.

Tanto a prefeitura quanto o hospital tem suas exigências em relação à revisão contratual.

Evandro Roza, administrador do Hospital Azambuja, diz que as negociações partem das necessidades da Secretaria de Saúde em relação a atendimentos, os quais, na sua avaliação, hoje são 95% cobertas pelo hospital.

“Acredito que a secretaria quer resolver os gargalos do município e criar uma agilidade”, afirma Roza, o qual explica, todavia, que o hospital também tem suas necessidades.

“Tem vários assuntos que a gente precisa discutir, o alto índice de atendimento no pronto socorro. A gente não vai escapar de discutir a questão financeira, discutir as demandas de cirurgia. O hospital tem que cobrir seus custos e o profissional médico tem que ser remunerado, é preciso um incentivo, por mínimo que seja”, afirma.

Ele avalia que um dos desafios do hospital é identificar, junto à prefeitura, o que pode ser melhorado em agilidade do atendimento, para, aos poucos, equilibrar as demandas da população com o tempo de espera por procedimentos.

O secretário de Saúde, Humberto Fornari, também avalia que as negociações estão tendo um bom encaminhamento. Segundo ele, a ideia das reuniões é reavaliar tanto a quantidade quanto a qualidade dos serviços contratados.

“Por isso a importância da Câmara e do Comusa fazerem parte, porque estamos trabalhando com um órgão público e um conselho que são representantes dos diretos da comunidade”, afirma.

Presente às reuniões já realizadas, o presidente do Comusa, Júlio Gevaerd, acredita que as negociações se encaminham para um bom acordo entre as partes, o qual considera imprescindível para que se mantenham os atendimentos da saúde pública de Brusque. “Não tem nem como fazer saúde pública sem o hospital, é impossível”, diz.

“Não dá para viver só do dinheiro que o governo federal envia. Ele já vem determinado o que fazer, o que não está na previsão do governo federal, a prefeitura tem que assumir”, opina o presidente do Comusa.

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