Hospital Azambuja realiza cirurgia cardíaca inédita no Vale do Itajaí
Procedimento é de correção de aneurisma de aorta
Procedimento é de correção de aneurisma de aorta
Os cirurgiões cardíacos Sandro Fadel e José Manoel Medeiros Jr. realizaram pela primeira vez no Hospital Azambuja uma cirurgia de correção de aneurisma de aorta, com a troca da válvula aórtica, utilizando uma intervenção mínima. O procedimento é considerado inédito na região do Vale do Itajaí.
Diferente da cirurgia cardíaca ‘de peito aberto’, chamada de toracotomia mediana, onde o osso do tórax é cortado de 25 a 30 centímetros, no procedimento realizado pela equipe liderada pelos doutores Fadel e Medeiros Jr. o plano cirúrgico teve como critério ser menos invasivo, colocando o coração e pulmão artificial pela perna, mais especificamente pela virilha.
O avanço do procedimento foi tanto, que a incisão realizada no tórax foi de 6 a 7 centímetros e segundo Fadel, isso, por si só, já contribui para uma recuperação mais rápida e menos dolorosa.
“Nosso objetivo é que o paciente se recupere mais rápido, fique menos tempo internado e volte às suas atividades de forma mais precoce, se comparado com o método tradicional”, informa.
A equipe responsável pela cirurgia faz parte do programa Minimally Invasive Cardiac Surgery (Mics), na tradução para o português, cirurgia cardíaca minimamente invasiva.
Este grupo é responsável por pensar, elaborar e executar procedimentos cirúrgicos com menos danos aos pacientes. Neste programa, o procedimento tem de ser como o próprio nome diz, minimamente invasivo, por isso também a diminuição do dano cirúrgico.
“Segundo estudos americanos, cerca de 95% desse tipo de cirurgias ainda são do jeito antigo, com grandes cortes e recuperação lenta. Por isso, este tipo de serviço em nossa região, além de ser pioneiro, proporciona aos catarinenses uma opção de um procedimento menos doloroso e com uma recuperação mais rápida. No nosso protocolo MICS, existe a possibilidade de serem feitas cirurgias de válvulas, cirurgias congênitas, aneurismas e até revascularização do miocárdio, claro após uma análise criteriosa de cada caso”, ressalta Fadel.
Formado pela Universidade Regional de Blumenau, Fadel comenta sobre o ótimo momento tanto para o Hospital Azambuja, como para a saúde da região.
“Eu que sou ‘cria’ do Hospital Azambuja e tive meu primeiro plantão como médico por aqui, sempre tive como um sonho realizar procedimentos como este, nesta casa de saúde. E agora o Azambuja vive um novo momento, a hora perfeita para o hospital avançar ainda mais, e Brusque ser um centro clínico cardíaco forte, em nível estadual”, enfatiza.
De acordo com o médico, os desafios são diversos, mas a equipe já possui planos para a cidade, e principalmente para o atendimento ao público em geral.
“Muitos pacientes que entram aqui no consultório ou precisam realizar uma cirurgia deste tipo, muitas vezes chegam com medo ou cheios de dúvidas, e ter a presença de especialistas na região facilita esse trabalho”, afirma.
Atualmente, o Hospital Azambuja conta com um Ambulatório Cardíaco, criado especialmente para atender pacientes que necessitam realizar consultas e acompanhamentos junto aos cirurgiões, pré e pós cirurgia cardíaca.
Fadel comenta que o próximo passo para o avanço da saúde cardíaca na região, passa também pela instalação e execução das cirurgias por vídeo, que hoje ainda não estão disponíveis.
“O Hospital Azambuja já tinha credibilidade, mas faltavam recursos, e agora estamos avançando para mais atendimentos, mais especialidades e avanços tecnológicos”, avalia.
Para o gestor hospitalar Gilberto Bastiani, poder realizar melhorias na área da saúde e ampliar a oferta de serviços à população, é um compromisso fundamental do Hospital Azambuja.
“Estamos extremamente orgulhosos dos recentes avanços em procedimentos cardíacos aqui no Hospital Azambuja. A realização dessa cirurgia inédita na região do Vale do Itajaí, com a equipe liderada pelos doutores Fadel e Medeiros Jr., é um marco significativo para nossa instituição e para a saúde da nossa comunidade. O Hospital Azambuja está passando por um momento de renovação e avanço, e estamos empenhados em continuar aprimorando nossos serviços para atender às necessidades da população. O programa Mics é apenas o começo, e estamos ansiosos para os futuros avanços na saúde cardíaca em nossa região”, revela.
Ainda segundo Bastiani, o próprio Ambulatório Cardíaco terá uma área própria dentro da instituição. “Nosso objetivo é oferecer não apenas procedimentos avançados, mas também um ambiente acolhedor e de apoio para nossos pacientes. A criação do Ambulatório Cardíaco é um passo importante nessa direção, permitindo um acompanhamento contínuo e personalizado para aqueles que passaram por cirurgias cardíacas ou necessidades de cuidados especiais”, complementa.
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