Idosa morre atropelada ao tentar pegar carona para participar de grupo de orações em Gaspar
Acidente aconteceu no fim da tarde de terça-feira, 3
Acidente aconteceu no fim da tarde de terça-feira, 3
Belinha Maria Zucki, de 75 anos, morreu na tarde de terça-feira, 3, após ser atropelada por uma van na BR-470, em Gaspar. O acidente aconteceu por volta das 18h30, no km 33 da rodovia, no bairro Margem Esquerda, onde Belinha morava havia cerca de 35 anos. Ela tentava atravessar a pista para pegar carona e participar de um grupo de orações no bairro Lagoa.
Segundo os bombeiros, a idosa foi encontrada caída sobre a via, já sem sinais vitais. O trânsito foi controlado no local, e os familiares que chegaram à cena foram atendidos em estado de choque. O motorista da van, de 33 anos, permaneceu no local e não sofreu ferimentos. A Polícia Rodoviária Federal assumiu a ocorrência, e o corpo foi recolhido pela Polícia Científica.
A morte de Belinha reascendeu uma situação que há anos preocupa os moradores da região: a insegurança na travessia da BR-470. Mesmo com as obras de duplicação em andamento, o trecho não conta com passarela nem túnel.
A própria filha da idosa, que morava com ela, conta que já havia alertado diversas vezes sobre o risco. Mas Belinha, devota de Nossa Senhora das Graças, respondia com confiança: “A santinha atravessa comigo”. A santinha que carregava no pescoço foi encontrada próximo ao seu corpo.
Natural de Ilhota, nascida no bairro Boa Vista, Belinha teve uma vida marcada por trabalho, perdas e fé. A família detalha que ela começou sua trajetória na roça, casou-se jovem e, após ter cinco filhos, passou a viver no bairro Pocinho. Quando a filha mais velha chegou à idade escolar, a família se mudou para o bairro Margem Esquerda.
As enchentes de 1983 e 1984 destruíram quase tudo que possuíam, mas Belinha seguiu adiante com coragem. Criava animais, fazia queijos e cuidava dos filhos enquanto o marido trabalhava como pedreiro.
Em 1995, perdeu um filho de 21 anos em um acidente de moto. Dez anos depois, ficou viúva após acompanhar o marido em um longo tratamento contra o câncer. Desde então, passou a morar com a filha Nádia, o genro Alessandro e a neta de 10 meses, que era sua grande alegria.
Apesar da idade, mantinha uma rotina ativa, cuidando da horta, do orquidário, fazia pilates e caminhava à beira da rodovia.
Costureiro da República Dominicana conseguiu emprego em Brusque em três dias: