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Igreja Católica não quer renovar contrato de locação da creche do Bateas

Caso não seja renovado, prefeitura deve encaminhar as crianças para outras creches

Igreja Católica não quer renovar contrato de locação da creche do Bateas

Caso não seja renovado, prefeitura deve encaminhar as crianças para outras creches

A Secretaria de Educação de Brusque negocia junto à Igreja Católica a renovação da locação do Centro Comunitário do Bateas para garantir a continuidade das atividades do Centro de Educação Infantil Padre Theodoro Becker. Segundo o secretário da pasta, José Zancanaro, a prefeitura recebeu, no fim de novembro de 2016, uma notificação extrajudicial da Igreja Católica, na figura da Mitra metropolitana, com pedido para que desocupasse o local, que fica na rua Pedro Fantoni, pois não havia mais interesse em renovar o contrato de locação.

A prefeitura, ainda no ano passado, respondeu o ofício pedindo a reconsideração por parte da Arquidiocese, que ainda não deu resposta. Solicitou, portanto, a prorrogação do contrato. O Município Dia a Dia entrou em contato com a paróquia São Luiz Gonzaga, para ouvir a versão da igreja sobre o caso.

No entanto, a informação repassada é que o pároco está em viagem e só dará um parecer após o dia 15 deste mês. Zancanaro informou que é também a partir deste dia que tentará discutir a renovação do contrato de locação com a igreja. Por ora, aguarda o retorno do padre. A creche no centro comunitário foi inaugurada em 2014, no governo de Paulo Eccel.

Era um pedido da comunidade e, para viabilizá-lo, o governo fez reformas, adaptou o espaço, colocou piso, ar condicionado e construiu banheiros. Além disso, a prefeitura ainda se comprometeu a pagar as contas de água e luz, e um aluguel mensal de R$ 2,3 mil à igreja. “A gente não sabe o que houve que eles não queriam mais renovar o contrato”, diz o secretário de Educação.

Promessa de desocupação

Ele explica que, à época, existia um acordo para que a prefeitura desocupasse o local em até dois anos, construindo uma nova creche no Bateas, em terreno próprio. Ocorre que as seguidas trocas de governo emperraram o projeto. “O Paulo saiu e entrou outro, o outro também não deu continuidade, essa troca de prefeito foi realmente bastante ruim para a cidade”, afirma Zancanaro.

“Mas as crianças e as mães que trabalham não podem pagar a conta”. Atualmente, são cerca de 150 crianças atendidas na creche. A prefeitura, informa o secretário, pretende construir uma nova, em terreno adquirido na rua Theodoro Becker, mas com o processo licitatório deverá levar tempo. “A igreja tem que ser sensível a isso, não pode virar as costas para a comunidade”, afirma.

Planos da prefeitura

Questionado se há um plano B da prefeitura, caso a igreja retome o espaço, o secretário José Zancanaro afirma que não. Ele visitou algumas residências para avaliar possibilidade de locação, mas até o momento não foi encontrado um espaço adequado. Há outro problema: metade das crianças atendidas na creche são mais novas, com menos de quatro anos.

Caso não haja renovação do contrato, a prefeitura tem obrigação de atender, prioritariamente, as que estão na pré-escola, de quatro anos para cima. “E as criancinhas menores que as mães trabalham? Vamos mandar lá na paróquia, para o padre cuidar?”, questiona. Para as crianças maiores, uma alternativa é fornecer transporte para outras creches, mas ainda não há uma solução para os pequenos.

Em todo caso, somente na próxima semana é que a questão será debatida entre igreja e prefeitura. Até lá, portanto, permanece a indefinição sobre o futuro da creche do Bateas.

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