Impugnações paralisam licitação da Prefeitura de Brusque para contratação de vigias

Seguranças trabalhariam nas praças Barão de Schneeburg, Cidadania e Sesquicentenário

Impugnações paralisam licitação da Prefeitura de Brusque para contratação de vigias

Seguranças trabalhariam nas praças Barão de Schneeburg, Cidadania e Sesquicentenário

A Prefeitura de Brusque tem a intenção de contratar o serviço de uma empresa especializada para vigiar as três maiores praças centrais: da Cidadania, Sesquicentenário e Barão de Schneeburg. A abertura do envelope da licitação estava marcada para esta quarta-feira, 14, mas impugnações paralisaram todo o processo.

De acordo com o setor de licitações da prefeitura, o processo foi suspenso porque empresas interessadas e outras partes apresentaram contestações. As alegações são de que há exigências demais no edital, por isso ele deve ser reescrito.

O setor de licitações entendeu por bem suspender o processo para analisar as impugnações. Por enquanto, não existe previsão para o relançamento do edital.

Questionado sobre a suspensão nesta terça-feira, 13, o secretário de Governo e Gestão Estratégica, William Molina, foi pego de surpresa. Ele explicou que editais iguais foram lançados noutras cidades do estado, sem qualquer problema.

Vigilância
De acordo com a Secretaria de Governo e Gestão Estratégica, as praças foram escolhidas porque elas receberam mais reclamações da população. As queixas vão desde vandalismo até crimes mais graves. Esses locais não têm nenhuma proteção neste momento.

A Guarda de Trânsito de Brusque (GTB) é voltada apenas ao trânsito, por isso não poderia fazer esse serviço sem haver mudança na sua constituição jurídica.

A licitação previa que a contratada iria fornecer um vigia para cada praça para o período entre 19h e 7h, todos os dias, inclusive feriados e domingos. A empresa será obrigada a fornecer um profissional capacitado e legalizado junto aos órgãos de controle. Ele também não poderá ter antecedentes criminais para atuar nas instalações da administração.

O vigia portará um apito, lanterna e uma tonfa (tipo de bastão). Ele também deverá estar uniformizado e fazer rondas periódicas. Caberá a ele informar à Polícia Militar e à Polícia Civil as ocorrências. Ele também terá o dever de evitar que ambulantes ou vendedores desautorizados entrem nas praças.

Os espaços públicos centrais são alvo de críticas da população há anos. Na da Cidadania, a Polícia Militar faz rondas e é comum encontrar adolescentes com drogas. Há relatos até mesmo de prostituição.

Já na praça Barão de Schneeburg o maior problema é a mendicância. O local virou ponto de andarilhos e usuários de drogas. Já houve até mesmo briga com esfaqueamento no Centro da cidade após discussão entre os moradores de rua.

A PM de Brusque sofre com o baixo efetivo. A corporação já manifestou que não tem como manter os policiais fixos nas praças. O tenente-coronel Moacir Gomes Ribeiro, comandante do batalhão, já criticou várias vezes a arquitetura da praça da Cidadania, que fornece muitos esconderijos para os infratores.

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