Incubadora de empresas encerrada em 2014 será reativada em Brusque
Núcleo de Tecnologia da Informação da Acibr está à frente do processo, que sairá do papel em 2019
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Empresários ligados ao Núcleo de Tecnologia de Informação (TI) da Associação Empresarial de Brusque (Acibr) decidiram unir forças para reativar, no próximo ano, o Centro de Incubação, Tecnologia e Inovação de Brusque (CitiBrusque), incubadora de empresas que está desativada desde 2014.
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A retomada do CitiBrusque já está em andamento, com a análise da situação jurídica da Organização Sem Fins Lucrativos (ONG) e também com a realização de visitas técnicas, pelos membros do núcleo, a empresas especializadas.
O CitiBrusque foi formalizado oficialmente em 2010 e lançou, em março de 2011, os primeiros editais para recebimento de projetos.
Durante o período que ficou ativo, teve três incubados, que resultaram na constituição de duas empresas: a Evolution Doc, com um projeto de gerenciamento eletrônico de documentos, e a UNI4 Sistemas, com um projeto de software online para emissão e geração de boletos bancários.
De acordo com o coordenador do Núcleo de TI, Vanderlei Albino Leão, a reativação da incubadora é vista como uma forma de alavancar o setor em Brusque, com o financiamento de novas ideias e o desenvolvimento de novas tecnologias.
Ele ressalta que não se trata de um projeto direcionado à área de software, que é a ideia comum que se tem quando se fala em tecnologia.
“Esse produto pode ser uma nova tecnologia na área têxtil, em malharia, na indústria, em serviços, não é direcionado ao somente desenvolvimento de software”, reitera.
Segundo Alecir da Silva, um dos membros do Núcleo de TI que está tocando o projeto de reativação da incubadora, a ideia é receber empreendedores com ideias inovadoras, que possam ser desenvolvidas até se tornarem produtos rentáveis, que são lançados no mercado.
“Se desenvolver um novo produto, que não é algo já existente no mercado hoje, a incubadora incuba esse projeto, orienta, capta recurso e fornece subsídios por determinado periodo, até que a empresa consiga andar com as próprias pernas”, explica.
Ele diz que a incubadora irá proporcionar às empresas incubadas aportes financeiros integrais, ou seja, se o projeto custará R$ 100 mil, o empreendedor recebe esses R$ 100 mil e não precisa devolver um centavo, bastando a comprovação da utilização correta do recurso.
Haverá situações, dependendo do tipo de projeto, em que é aprovado como de “desenvolvimento parcial”, o que na prática significa a necessidade do empreendedor ter uma contrapartida: se recebe R$ 50 mil, entra com mais R$ 50 mil, por exemplo.
Silva destaca a necessidade de haver sempre renovação nos projetos da incubadora, para que não aconteça o que aconteceu nos últimos anos, em que não existiram novos projetos incubados.
Como o CitiBrusque é uma ONG, o recurso por ele captado é destinado integralmente aos projetos das empresas incubadas. Esse recurso é captado por meio de editais do poder público, destinados especificamente ao financiamento e fomento de pesquisa, tecnologia e inovação.
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As empresas podem permanecer incubadas por dois, três ou ainda quatro anos até se graduarem – termo utilizado para atestar que a empresa “deu certo”, ou seja, já é capaz de andar com as próprias pernas.
“A incubadora ensina como fazer projeto, desenvolver a ideia até chegar ao ponto de ser apresentada ao possível investidor, ali ela passa a ser um produto pronto para entrar no mercado”, detalha.
O coordenador do Núcleo de TI ressalta ainda que a incubadora não se trata apenas de uma forma mais fácil de conseguir recursos para financiar o projeto, mas também toda uma estrutura de profissionais para dar suporte ao desenvolvimento do projeto.
A expectativa é de que a os primeiros editais para recebimento de propostas de projetos para incubação sejam lançados no próximo ano.