X
X

Buscar

Proliferação de besouros chama atenção de moradores de Brusque

Biólogo afirma que insetos não causam doenças, apesar do incômodo

A presença de besouros tem trazido desconforto para moradores de vários bairros de Brusque. A reclamação é que desde o início do mês, principalmente no começo da noite, os insetos invadem residências e estabelecimentos comerciais.

Parte dos moradores do Residencial Baviera, no Santa Rita, convivem com a situação. Síndica há oito anos no local, Logyane Thomas conta que nunca presenciou tantos insetos antes. Os besouros são pequenos, do tamanho do dedo indicador, e marrons.

Para evitar a infestação, Logyane fecha as janelas dos oito andares e também solicitou a dedetização do espaço.

A vendedora Alice Cota dos Santos da Silva também é moradora do Santa Rita e destaca que não sabe mais o que fazer para evitar os besouros. Ela diz que há dois meses os insetos têm invadido o seu apartamento à noite.

“Eu apago as luzes e fecho todas as janelas. Já cheguei a passar inseticida. Teve uma noite que seis queriam entrar de uma vez só. Dá um desespero”.

No Facebook do jornal O Município, a moradora do bairro São Luiz, Jacqueline Izonaga, e Dielson Gomes, do Santa Rita, contam que besouros aparecem diariamente nas casas.

Andressa Santos, que trabalha no Catarina Shopping, no Bateas, relata que ao abrir a loja, encontra insetos todos os dias.

Besouros são marrons e cabem no dedo indicador da mão   Foto: Logyane Thomas/ Arquivo pessoal

Proliferação é normal
A proliferação dos besouros é considerada normal, explica o biólogo Rodrigo de Souza. Ele diz que na Primavera, quando as temperaturas começam a aumentar, os insetos (animais de sangue frio) estão no período de reprodução.

Souza afirma que nesta estação, as plantas florescem e dão frutos e, portanto, há maior oferta de alimentos aos insetos.

“Eles entram na casa das pessoas para procurar alimentos ou algum parceiro para reprodução”.

Mesmo sendo inconvenientes, o biólogo diz que os besouros não trazem malefícios à saúde das pessoas. “Não há motivos para preocupação, pois estes insetos não são responsáveis por ocasionar doenças. O máximo que podem causar é algum ferimento leve ao tocar a pele da pessoa”.

Souza recomenda que a melhor maneira de evitá-los é fechando janelas e portas para que não entrem. Caso adentrarem o ambiente, a sugestão é que tire-os manualmente também, sem feri-los.

O biólogo não recomenda a dedetização, já que além de não ter 100% de eficiência, a substância tóxica pode causar danos à saúde dos moradores, além de outros animais, como cães e gatos.