Janeiro e fevereiro registram menores médias de temperaturas dos últimos cinco anos em Brusque
Já o volume total das chuvas do primeiro mês do ano foi o segundo maior desde 2013
Já o volume total das chuvas do primeiro mês do ano foi o segundo maior desde 2013
Janeiro e fevereiro deste ano registraram as temperaturas mais amenas dos últimos cinco anos para o período. O primeiro mês teve média de 25,7ºC, a menor desde 2013, que registrou 25,1ºC. Já a média de fevereiro foi de 25,1ºC, também a mais baixa da série.
O ano mais quente do período foi 2014, quando janeiro registrou 28,1ºC e fevereiro, 28,6ºC. Os dados são de Ciro Groh, blogueiro do jornal O Município que possui réplicas de estações meteorológicas na região.
De acordo com o engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho, a causa das temperaturas mais amenas é o fenômeno La Niña, quando a “temperatura do Atlântico está mais fria que o normal”.
Coutinho explica que, por causa do La Niña, Brusque ainda não teve uma onda de calor, que dura mais de cinco dias e alcança temperaturas superiores aos 35ºC. “Com o La Niña, temos entradas mais frequentes de ar frio.” Segundo ele, os dias quentes que foram registrados em Brusque são considerados períodos curtos.
Já o meteorologista da Epagri/Ciram, Clovis Correa, afirma que outro fator foi predominante para o resultado. “Uma massa de ar frio ficou instalada por muitos dias, o que permitiu que as temperaturas ficassem mais baixas”, avalia.
A massa de ar frio, explica, é um “sistema de alta pressão que ficou no oceano próximo ao Brasil”. Ele também ressalta que essas temperaturas menores atingiram toda a Região Sul.
Meses chuvosos
Enquanto as temperaturas caíram, o volume médio de chuvas em janeiro deste ano superou o do ano passado: foram 243,5mm em 2018 e 235,4mm em 2017. O menor registro de chuvas no mês janeiro foi em 2016, quando o mês atingiu 111mm, e o maior volume de chuva foi em 2014, com média de 325,4mm.
Além das temperaturas, o volume total de chuvas no mês de fevereiro de 2018 também foi o menor nos últimos cinco anos, 82,6mm, enquanto o mesmo período de 2016 registrou 204,2mm – o maior registrado pelo levantamento.
Coutinho explica que o La Niña também é o responsável pela diminuição das chuvas. “Estão abaixo do normal por causa do La Niña, que dificulta a entrada de umidade.”
Para março, o engenheiro diz que não haverá mudanças bruscas. “Continuará igual: entrada frequente de ar frio e alguns dias de calor mais forte.”