Natália Huf
João José Leal assume cadeira na Academia Catarinense de Letras nesta quinta-feira
Escritor tijucano foi eleito para ocupar um assento entre os imortais catarinenses no mês de junho
O escritor, promotor de justiça e professor universitário aposentado João José Leal assumirá sua cadeira na Academia Catarinense de Letras (ACL) em sessão solene de posse nesta quinta-feira, 4. Ele irá ocupar a cadeira 31, fundada por Henrique Boiteux e que tem como patrono Manoel José de Souza França. Anteriormente, a cadeira era do escritor neotrentino Walter Piazza.
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Leal foi eleito como um dos novos imortais da ACL no mês de junho e teria o prazo de um ano para tomar posse da cadeira. Ele se candidatou pela primeira vez ao posto no ano passado, quando novas vagas foram abertas. Além dele, foram também eleitos o advogado e professor José Isaac Pilati, para a cadeira de número 14; o escritor Laerte Tavares, para a cadeira 16; e o escritor Godofredo de Oliveira Neto, para a cadeira 10.
A solenidade terá início às 19h, no auditório da Casa José Boiteux, em Florianópolis, onde funciona a sede da ACL. Para dar início à sessão, o discurso de recepção será proferido pelo titular da cadeira 39, o acadêmico Gilberto Callado de Oliveira. Estarão presentes autoridades convidadas, familiares e amigos do novo acadêmico.
“Esse é um ponto de chegada na minha carreira profissional e também na minha vida intelectual. Mas o processo da vida humana é dialético: é um ponto de chegada, porém, a caminhada deve continuar”, diz o escritor. Como imortal da ACL, ele afirma que irá continuar escrevendo suas crônicas semanais para o jornal O Município e as outras publicações com as quais colabora.
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A cerimônia de posse será a primeira reunião da ACL na qual Leal estará presente. “A partir daí, serei oficialmente um acadêmico. A Academia faz reuniões mensais, nas quais se discutem questões sobre a língua, a preservação da boa linguística, as pautas da revista da ACL e também a promoção da cultura literária no estado.”
Para o escritor, a crônica é um gênero textual que demanda “timing”, uma linguagem objetiva salpicada com crítica e ironia e temáticas do cotidiano da vida social – tudo isso em um texto conciso, que possa caber no espaço da coluna de um jornal.
O cronista possui mais de mil crônicas escritas, das quais cerca de 90% estão publicadas, seja nas coletâneas publicadas em livro – “Páginas de uma cidade – Crônicas”, de 2012, e “Estórias de uma cidade – Crônicas Tijucanas”, de 2015, que recebeu o Prêmio Catarinense de Literatura da Fundação Catarinense de Cultura – e nas páginas dos jornais com os quais colabora.