Brusque lutou bem, mas precisa fazer melhor para passar pelo Concórdia sem pênaltis
Na defesa, atuações inseguras de Ianson preocupam o torcedor
Na defesa, atuações inseguras de Ianson preocupam o torcedor
Cansado, desgastado e eliminado da Copa do Brasil, o Brusque lutou e escapou de perder para o Concórdia no jogo de ida das quartas de final do Catarinense. Teve que se fechar com um jogador a menos e o fez bem. Com um pouco de sorte até teria marcado um gol nos instantes finais. A partida de volta, que começa às 19h desta quinta-feira, 23, no estádio Augusto Bauer, precisará de torcida em peso e de muita paciência do lado quadricolor — dentro e fora do campo.
O Concórdia não é nenhum bicho-papão, mas é um time competente, que incomoda demais. Especialmente quando se propõe a defender e força o ritmo do jogo para baixo. O Galo d’Oeste não teve qualidade na frente para furar o bloqueio brusquense, que terminou o jogo com quatro zagueiros de ofício. Mas se o técnico Itamar Schülle decidir que quer tentar uma classificação nos pênaltis, há grande possibilidade de se repetir o Brusque 0x0 Concórdia da primeira fase.
Ajustes precisam ser feitos no setor ofensivo do Brusque. Há jogos em que pouco se cria, que a superioridade numérica que Luizinho Lopes propõe no 2-3-5 não dá jeito. Em última instância, isto se reflete na média de gols, que raramente foi superior a um por partida. Para vencer o Concórdia em condições normais, será necessário fazer melhor do que nos últimos dois jogos em que acumulou tanto desgaste físico. E o Brusque é capaz.
Há uma insistência de Luizinho Lopes com Ianson que é muito difícil de compreender. Trata-se de um zagueiro está marcado na história, já escreveu lindas páginas no clube, mas vive um de seus piores momentos com a camisa do Brusque. Há uma sequência de falhas muito básicas, muito visíveis, especialmente na saída de bola. Neste momento, se sobrepõem aos acertos. Muitas delas já quase comprometeram resultados neste início de 2023.
Thiago Alagoano, por exemplo, saiu com mais facilidade do time titular, e sua posição é um pouco mais carente. Já na zaga, o treinador tem ninguém menos que Éverton Alemão e Iran à disposição, ambos em claras condições de titularidade.
Ianson precisaria de um tempo no banco para se recuperar e retornar com um futebol mais próximo do que já se mostrou capaz de fazer. Luizinho Lopes já falou que joga com o time construindo de trás, que isto expõe os zagueiros. Que as falhas na saída de bola são parte do processo, e que confia nas qualidades de Ianson no jogo aéreo. Ao torcedor, resta torcer para que a recuperação do “Gamarra do Vale” se dê mesmo dentro do campo, rodada a rodada. Enquanto for titular, é urgente voltar, se não aos seus melhores, aos seus bons dias. No nível atual, está muito difícil.
A Arena Brusque é uma estrutura extremamente necessária para o desenvolvimento e a prática do esporte brusquense aos níveis recreativo, amador e profissional. Atletas das mais diversas modalidades utilizam as dependências. Eventos de grande porte são realizados ali. Brusque tem três equipes que disputam competições em alto nível em modalidades populares, e que utilizam com alguma regularidade a Arena para jogos nos últimos anos: Abel Moda Vôlei, Brusque Basquete e Barateiro Havan Futsal.
E o estado de conservação está abaixo do aceitável, para além das goteiras no telhado, que são o problema mais incômodo, porque é o mais visível. Falta uma reforma grande, que ainda não foi vista em 18 anos. Isto precisa entrar nas prioridades do poder público. Emendas parlamentares, conversas com Governo do Estado, com o Governo Federal. Há poucos patrimônios públicos como este em Santa Catarina. Nunca é demais lembrar.
O Carlos Renaux venceu a segunda consecutiva e é líder no Catarinense Série B Sub-20. Neste domingo, 19, aplicou 5 a 1 no Caçador, em partida disputada no CT Rolf Erbe. Os gols foram marcados por Alyson, Marlon, Marcyel, Léo Padilha e Sagaz. O próximo desafio é contra o Santa Catarina, no estádio Alfredo João Krieck, em Rio do Sul, às 15h deste sábado, 25.
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