Jovens de Brusque vencem concurso renomado de Arquitetura e Urbanismo
Mikaella Schvambach e Guilherme Kretzer Trindade concorreram com mais 165 estudantes do país do prêmio Projetar
Mikaella Schvambach e Guilherme Kretzer Trindade concorreram com mais 165 estudantes do país do prêmio Projetar
Os jovens brusquenses Mikaella Schvambach e Guilherme Kretzer Trindade, ambos de 22 anos e moradores do Centro, junto com outros três estudantes de Balneário Camboriú e Itapema, conquistaram neste mês a 20ª edição do prêmio Projetar – um dos mais renomados concursos nacionais na área de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.
O prêmio, destinado exclusivamente a universitários e sem exigência de vínculo com uma única instituição – quatro dos alunos, inclusive Trindade, são da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e Mikaella é do Centro Universitário de Brusque (Unifebe) -, permitiu que os jovens aplicassem na prática teorias estudadas em sala de aula.
Neste ano o tema do trabalho foi Projetar Itinerante e reuniu 165 estudantes inscritos, que tinha como objetivo apresentar um espaço para a realização de mesas redondas, apresentações e outras atividades extracurriculares na área de arquitetura. O grupo optou por manter a planta baixa livre, sem divisórias fixas, mas sim, suspensas, o que permite que os frequentadores criem os próprios espaços.
Além disso, as placas de fechamento externo puderam ser perfuradas, lisas ou translúcidas, e as chapas perfuradas com a possibilidade de receber assentos, mesas e suportes para bicicletas.
A proposta dos estudantes, que os brusquenses estavam, foi superior a alunos da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Mackenzie, historicamente grandes escolas de arquitetura.
Resultado surpresa
Trindade conta que o resultado não era esperado, já que o principal objetivo do grupo era simplesmente aprender mais. Eles se reuniam uma vez por semana para realizar um projeto que fosse o mais funcional possível. “Nossa meta foi criar espaços com diversas funções, tanto para que o módulo como a estrutura se adequasse a diversos usos”, explica.
Ele diz que a conquista é um grande estímulo para que participem de outros concursos, além de melhor prepará-los para a academia e o mercado de trabalho. Para Mikaella, que antes estudava na Univali e agora finaliza o curso na Unifebe, o sentimento é de felicidade.
Ela afirma que desde que entrou na faculdade se encantou com a ideia que poderia aplicar a criatividade de uma forma que ajudasse o ser humano no seu dia a dia. “Saber que o meu aprendizado diário serve para que eu tenha uma visão sensível ao próximo, capture os problemas e torne-os soluções é algo que me encanta na profissão”, diz Mikaella.
O professor Eduardo Baptista Lopes, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Univali, afirma que o concurso é uma modalidade de projeto democrática e desafiadora: “Concursos como esse, de grande expressão, oferecem ampla oportunidade de inserção no mercado de trabalho, com visibilidade e notoriedade”.