Em 2013 a cantora Karol Conká era pouco conhecida. Período que lançou o álbum “Batuk Freak”, com singles que ganhavam aos poucos as paradas das rádios pelo país: “Boa Noite” e “Gandaia” entre eles. Foi neste ano que a rapper curitibana se apresentou em Brusque, no extinto Beira Rio Lounge Bar. Eu estava lá, com 19 anos, e mais uma turma dessa faixa etária que circulava muito pela noite naquele período.
No passar dos anos, a cantora teve uma projeção gigantesca na carreira, com lançamentos que se consagram ainda como seus principais hits. Não podemos esquecer de “Tombei”, talvez seu principal trabalho na música até hoje.
Karol Conká chegou a participar do programa Saia Justa, do GNT, como convidada durante uma edição gravada em Curitiba. Este é um programa com mulheres debatendo assuntos da atualidade, e tem apresentação de Astrid Fontenelle. A apresentadora se manifestou no Twitter, descontente com a postura da colega nesta edição do Big Brother Brasil. Falou ainda sobre o programa “Prazer Feminino” que teve a exibição suspensa pelo canal. “Só pra esclarecer. Um programa dela seria reprisado. Não será mais. Que alguém dê uma sacudida nela antes que piore”, escreveu.
Existe uma expectativa agora com o paredão desta terça-feira, 23, que talvez seja o evento mais relevante até o momento deste Big Brother Brasil. Karol Conká está na votação com Arthur e Gilberto, e a internet aponta um cenário bastante desfavorável pela permanência da rapper no reality show.
Não só a Astrid Fontenelle nem o GNT parecem estar descontentes com a postura de Karol Conká no programa. Uma agência apontou que a cantora já perdeu 300 mil seguidores no Instagram e R$ 5 milhões de faturamento desde que ela entrou no BBB, segundo o site Olhar Digital.
Para relembrar o início da carreira da cantora, conversamos com a promoter Aline Cervi. Foi num show com assinatura da Viciouss Party, empresa da promoter, que trouxe para Brusque ainda outros shows nacionais, até Projota, que também está neste BBB.
André Groh: Como foi o contato com Karol Conká?
Aline Cervi: Tive contato com ela quando chegou em Brusque, para recebê-la e levá-la ao hotel, onde ficou hospedada com sua empresária. Durante a passagem de som conversamos, ela falou que eu deveria ser DJ – por conta do meu estilo, e me deu algumas dicas de como funciona essa indústria. Mais tarde, ela chegou minutos antes de entrar ao palco, comeu e bebeu algumas coisas que dispusemos em seu camarim, logo subiu ao palco e após o show ficou em torno de 1h30 no camarim, tirou fotos com alguns fãs e interagiu bastante com nossa equipe. Ela inclusive elogiou o evento e o estilo da festa. Tive uma boa impressão da cantora neste primeiro contato.
A.G.: Como as pessoas avaliaram o show?
A.C.: Tive um bom retorno do público. A maioria elogiou. Algumas pessoas reclamaram do show ter sido curto e a cantora “não cantar bem”, rs… Mas a maior parte do público saiu satisfeita.
A.G.: Vocês mantiveram contato antes ou depois do show em outra ocasião?
A.C.: Sim. Estive em São Paulo algum tempo depois, e a encontrei numa festa de amigos em comum. Não era um evento que ela estava se apresentando, estávamos como convidadas, curtindo a festa mesmo. No camarim, ela chegou cumprimentando as pessoas que conhecia e eu estava junto. Ela me cumprimentou e disse: ‘você não me é estranha’. Me apresentei e lembrei que ela já havia se apresentado na minha festa em Brusque, e ela comentou com a amiga que estava acompanhada: ‘Ah, ela é a dona daquela festa lá que te falei’. Conversamos pouco, bebemos uns drinks e voltamos a curtir a festa, mas não tivemos muito contato além disto.
A.G.: Como você avalia a Karol Conká no BBB?
A.C.: Decepcionante. Ela que sempre levantou a bandeira do feminismo, racismo e causas LGBTQ+, está mostrando que na realidade não é nada do que tanta prega, sendo completamente contraditória, tóxica, abusiva, preconceituosa, manipuladora e com certeza a vilã dentro do programa.
A.G.: Contrataria pra um evento seu novamente?
A.C.: Não. Não compactuo com as atitudes da cantora e não cogitaria contratá-la para um evento nem nada que eu estaria envolvida, pois não me representa. E sou contra separar ‘o artista da obra’.