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Mãe de menina que morreu atropelada em Brusque desabafa após fala de advogado do motorista

Nesta quarta, a defesa do motorista que atropelou e matou Milena Ketlin Ristow informou que recorreu da decisão de júri popular

Na tarde desta quarta-feira, 3, Alvaci de Abreu, mãe de Milena Ketlin Ristow, desabafou nas redes sociais sobre a fala do advogado de defesa de André Mott Fagundes, o motorista que atropelou e matou a menina de 9 anos de idade em julho.

O caso aconteceu no bairro Cedro Alto e a mãe de Milena também foi atropelada, mas teve ferimentos leves. O motorista ainda fugiu do local após o acidente.

Nesta quarta, defesa informou que recorreu da decisão de júri popular, do juiz Edemar Leopoldo Schlosser, da Vara Criminal da Comarca do município. Na ocasião, o advogado Ismael Grein ressaltou que André está muito arrependido do ocorrido.

“Embora ele tenha plena convicção de que foi um conjunto de coisas que contribuiu pra isso, que foi uma culpa concorrente, tipo contribuiu pra fatalidade, pois ele estava de fato errado e a família estava caminhando no meio da rua”, comentou.

Em live na rede social, Alvaci afirma que a fala é mentirosa. “Esses advogados, o pai, a mãe, acham que eu teria coragem, ser tão louca de pegar a filha e levar ela para o meio da estrada em um horário de movimento? Que queria matar a minha filha?, questiona.

Para ela, a decisão de manter o júri popular é a ideal. “Tira ele para que? Para ele sair e matar uma outra criança?” pergunta. “Será que para tentar salvar um assassino da cadeia eles vão ter que mentir?”, questiona em outro momento.

Segundo Alvaci, ela não tem contato com os pais do motorista há quatro meses. “Eu aguentei, eu fiquei quieta, pensei que os pais iriam botar a mão na consciência e iam pedir para o advogado parar com a mentira. Mas não, estão compactuando”, aponta.

Durante a live, a mãe de Milena questiona os pais do motorista, por serem pastores. “Eles estão fazendo o maior pecado ainda. Mentindo, enganando, aceitando o crime que o filho cometeu. O filho matou a minha filha, só não me matou junto e meu outro filho, pois se eu não tivesse empurrado o meu filho e minha nora, ele teria matado nós quatro. Eu estou indignada, com raiva”, desabafa.

“Se são pastores, têm que deixar o filho pagar. Ele tirou uma vida, uma criança que tinha tudo pela frente. Ainda continuam compactuando”, finaliza.

Relembre o caso

Milena Ketlin Ristow morreu após ter sido atropelada no bairro Cedro Alto, em Brusque. A ocorrência foi registrada por volta das 18h30 do dia 17 de julho, um sábado.

A menina estava com a mãe quando ambas foram atingidas pelo carro, um Fiat Uno. A mãe, de 39 anos, sofreu ferimentos leves. Ela não precisou ser encaminhada para atendimento. Já Milena foi atingida em cheio e, com impacto da batida, foi arremessada a uma distância de aproximadamente 20 metros.

Quando o Corpo de Bombeiros Militar chegou ao local, a vítima já estava sem sinais vitais. O motorista, André Mott Fagundes, fugiu logo após o acidente, mas foi localizado posteriormente.

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