Mais água, menos danos: o que levou enchente de sexta causar estragos menores que tragédia de 2008 em Brusque

Beira Rio evitou danos maiores, avalia Defesa Civil

Mais água, menos danos: o que levou enchente de sexta causar estragos menores que tragédia de 2008 em Brusque

Beira Rio evitou danos maiores, avalia Defesa Civil

Na enchente de 2008, o nível do rio Itajaí-Mirim em Brusque chegou a 8,88 metros, oito centímetros a menos do que a enchente desta sexta-feira, 17, que teve pico de 8,96 m. O rio subiu mais, mas os estragos em comparação com a enchente de 2008 foram menores.

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Brusque, Edevilson Cugiki, há vários motivos que levam a enchente de 2008 ter causado danos maiores na cidade. O evento climático, que atingiu o Vale do Itajaí com muita intensidade, é conhecido como “tragédia de Santa Catarina”.

“Em 2008, o maior problema não foi a enchente. Tivemos uma situação de enxurradas e deslizamentos que resultou em danos como todo”, afirma Cugiki. Naquela ocasião, uma jovem de 22 anos morreu em Brusque.

Cugiki avalia também que as águas do rio Itajaí-Mirim não atingiram ruas em que era esperado que a enchente de sexta afetasse. O coordenador dá os créditos à atuação da margem esquerda da Beira Rio, inaugurada em 2021.

Os deslizamentos eram agravantes para a enchente de 2008 em Brusque, sendo um deles que resultou na morte do jovem. Pelo estado, 135 pessoas morreram e 78 mil ficaram desabrigados e desalojados naquela época.

Na enchente de sexta, porém, as ocorrências ficaram em “segundo plano”, pois a atenção se voltou completamente ao nível do rio Itajaí-Mirim. Segundo Cugiki, pelo menos até sábado, 18, somente 36 ocorrências relacionadas às chuvas foram registradas.

Terceira maior enchente

O nível de 8,96 m atingido pelo rio na sexta marca a terceira maior enchente registrada em Brusque, jogando a enchente de 2008 para a quarta posição. A maior enchente na cidade, segundo dados da Defesa Civil, ocorreu em 1984, quando o rio chegou a 10,30 m.

Por outro lado, apesar dos registros, os números não representam necessariamente a realidade. Isto porque a medição de nível do rio mudou a partir de 1978, quando o formato realizado atualmente começou a ser utilizado.

Ainda conforme Cugiki, há relatos de que as enchentes de 1961 e 1911 foram as maiores da história, superiores a 1984, mas não há como confirmar os rumores. Em 1911, por exemplo, sequer havia régua para medir o nível do rio.


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