Mais de 50 alunos não retornaram às aulas durante o ano de 2020 em Brusque
Após buscas realizadas pela Secretaria de Educação, 113 alunos voltaram à escola
Após buscas realizadas pela Secretaria de Educação, 113 alunos voltaram à escola
A Secretaria de Educação de Brusque contabiliza que 54 alunos não retornaram às aulas em 2020. Conforme dados da pasta, 29 cursavam o Ensino Fundamental entre 1º e 9º ano e 25 estavam na Educação Infantil.
Eliani Busnardo Buemo, secretária de Educação, explica que com a suspensão do Sistema do Apoia em 2020, a pasta utilizou um formulário recomendado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) e União de Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
O objetivo do formulário era registrar a interrupção do vínculo dos alunos com a escola no ensino remoto. Após várias ações realizadas na rede de Busca Ativa, a rede municipal preencheu 263 fichas com os alunos que não haviam retornado à escola.
Dos 263 formulários preenchidos, 113 alunos retornaram às aulas e 80 foram transferidos. Além dos 54 alunos evadidos, cinco casos foram arquivados pelo Ministério Público, 10 concluintes do 9º ano e dois alunos atingiram a maioridade.
A secretária explica que a pasta criou o Programa Todos Na Escola (busca ativa escolar), um grupo intersetorial composto pelas Secretarias de Educação, Assistência Social e Saúde. O projeto ainda conta com o reforço do Conselho Tutelar, que utiliza uma ferramenta tecnológica para registros dos casos e ações daqueles alunos “invisíveis”, que não possuem matrícula.
Em breve a pasta lançará uma cartilha com orientações sobre a importância da Busca Ativa Escolar.
“Utilizamos estratégias variadas em 2020 por se tratar de um ano atípico de pandemia, com visita no domicílio do aluno, acionamos a rede de proteção composta por Conselho Tutelar, Secretaria de Assistência Social e a Secretaria de Saúde e também consultamos por e-mail se ingressaram nas escolas do Estado de Santa Catarina”, pontua.
Eliani afirma que há indícios de que as famílias retornaram para outras cidades ou estados, causando a evasão. “Muitas escolas em outras cidades e estados não retornaram suas atividades ainda. Tão logo se normalize a situação de volta às aulas em todo território, esses alunos têm grande chance de saírem desse status de evadido para transferidos”.
A secretária explica que quando a criança não retorna à escola ou não é feito o pedido de transferência formalmente, ela será colocada no Sistema Apoia, conforme recomendação do Programa de Combate à Evasão Escolar (Apoia) e do Ministério Público. Ela afirma que a pasta inicia um movimento de divulgação desses dados, com o intuito de que a própria comunidade auxilie a Secretaria de Educação com informações que possam contribuir para localizar as crianças.
Eliani ainda acrescenta que quando a criança é localizada, o próprio Ministério Público pode punir ou penalizar os pais. “Afinal, os pais têm o dever de manter o vínculo com a escola”.
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