Mais de 500 pessoas participam do Arrastão da Solidariedade
Expectativa é de que arrecadação deste ano tenha superado os números de 2014
Expectativa é de que arrecadação deste ano tenha superado os números de 2014
O dia de ontem foi marcado pela integração e cooperação de mais de 500 pessoas entre alunos, professores e pais do colégio Cônsul Carlos Renaux. Das 10h às 18h ocorreu o 7º Arrastão da Solidariedade, que mobilizou a comunidade brusquense na doação de roupas, calçados e cobertores para pessoas carentes.
Há 18 anos a escola desenvolve o Gincônsul – uma gincana entre os estudantes, que estimula quatro competências fundamentais: aprender a ser, conhecer, conviver e fazer. Dentro dessa atividade que ocorre nos meses de junho e julho, está o arrastão. Quatro equipes de alunos do 6º ano do Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio (aproximadamente 120 em cada grupo) competem entre si para ver quem conquistará mais peças de roupas, cobertores/colchões e calçados. Quem mais arrecadar receberá premiação.
Disputa saudável
Além de estimular a disputa saudável entre os estudantes, o arrastão promove a solidariedade em prol da população de Brusque. O coordenador da gincana e também de Educação Física e Esportes do colégio, professor Gerson Luis Morelli, conhecido como Keka, explica que o evento iniciou como Campanha do Agasalho, se transformou em Varal da Solidariedade e hoje é o arrastão. Segundo ele, alguns integrantes das equipes (6º ao 8º ano) ficam no ginásio separando as peças que chegam e outros (alunos do Ensino Médio) vão com os pais até as residências arrecadar as roupas.
Keka conta que as equipes passam por quatro regiões da cidade: Guarani/Maluche/Souza Cruz; São Pedro/São Luiz/Centro; 1º de Maio/Azambuja/Águas Claras e Santa Terezinha/Santa Rita. Todas as pessoas que colaboram estão concorrendo a quatro vale-compras no supermercado O Barateiro. De acordo com ele, sua maior alegria é ver o engajamento dos estudantes. “As famílias estão colaborando tanto dentro como fora da escola. Além disso, vemos que muitos dos nossos alunos estão envolvidos em outras ações de voluntariado e fazem isso com alegria e disposição”.
Ele acredita que neste ano a arrecadação será maior do que em 2014, quando foram recolhidas 52 mil peças de roupa, 600 cobertores e 3 mil calçados. “É difícil precisar, mas pelo volume que chegou será superior ao ano passado”, afirma, ressaltando que hoje as peças serão contadas. O Serviço Social do Comércio (Sesc) e alunos da 3ª fase de Educação Física do Centro Universitário de Brusque (Unifebe) também participaram como voluntários do 7º Arrastão da Solidariedade.
O diretor do Cônsul, Otto Hermann Grimm, frisa que a energia da gincana é muito boa. “É uma competição salutar. Uma equipe ajuda a outra, toda a comunidade escolar se mobiliza e assim auxiliam e atendem a população carente”.
As arrecadações serão doadas para ações sociais das igrejas Luterana e Católica da cidade, Lar Menino Deus, Comunidade Bethânia de São João Batista e aldeias indígenas de Ibirama e Major Gercino. A entrega deverá ser feita durante esta semana.
Pais apoiam o arrastão
A empresária Adorli Dada Gulini é mãe de um aluno do 2º ano do Ensino Médio e colabora com o arrastão desde que ele estava na 5ª série. Conforme ela, o evento estimula que o filho cuide de suas roupas para doar na gincana. “Ficamos o ano todo guardando as peças para este momento. Preocupamo-nos em arrecadar para ajudar quem precisa”, diz.
Desde 2008 a empresária e mãe de um aluno do 9º ano, Virgínia Fornaria, também ajuda durante o arrastão. Integração, senso de equipe, responsabilidade e cooperação são as principais mensagens aprendidas com o evento. Marcelo Lira, pai de Matheus, do 2º ano do Ensino Médio, ficou o domingo todo passando pelas casas da cidade para recolher peças de roupa, calçados e cobertores. Há sete anos faz isso e segundo ele “não existem palavras para descrever como é bom poder ajudar alguém”.
Júlia Pereira Paulo, do 6º ano, diz que é preciso ajudar, mas sem se preocupar em receber algo em troca. “O importante é doar o que você acha que ajudará alguém. Muita gente passa frio e precisa”, ressalta. Para Catherine Stolberg Habitzreuter, do 7º ano, o mais bacana “é participar, brincar, se divertir e ajudar”.