Mais de uma tonelada de lixo eletrônico é recolhida no Dia D EcoPonto
Edição do evento foi realizada na última quarta-feira, no Sesc
Edição do evento foi realizada na última quarta-feira, no Sesc
Os estudantes Arthur Knapik Moraes, 9 anos, Eloisa Lacerda Espíndola, 8 anos, Laura Tomiozzo Trindade, 8 anos, e Pedro Henrique Tachini Menoncin, 8 anos, tiveram uma tarde diferente na quarta-feira, 5. Eles auxiliaram na coleta dos materiais descartados durante o Dia D EcoPonto, realizado pela ACIBr – Associação Empresarial de Brusque, por meio do Núcleo de Gestão Ambiental, em parceria com o Sesc, Fundema e empresa Rio Vivo.
O Dia D EcoPonto visa chamar atenção para a conscientização dos cidadãos e de empresários sobre a importância de dar a destinação correta para materiais que não podem ser descartados no lixo comum, como pilhas, baterias, lâmpadas, eletroeletrônicos e pneus. A iniciativa propõe ainda uma reflexão quanto à necessidade de cada um fazer a sua parte em prol de uma cidade ecologicamente sustentável.
Durante este dia, a comunidade tem a oportunidade de fazer o descarte de resíduos que podem contaminar o meio ambiente, e que precisam de um trabalho de descontaminação antes de serem encaminhados para um aterro sanitário, ou até mesmo para reciclagem, conforme prevê a Lei Nacional para Controle de Resíduos Sólidos.
Preocupação ambiental
Ao auxiliar no recebimento de materiais como computadores quebrados e lâmpadas queimadas, os alunos que cursam o 3º ano do Ensino Fundamental do Sesc, aprendem uma importante lição. “Com essa atividade, nós aprendemos que devemos separar o lixo e dar um destino correto para cada coisa. Dessa forma, também ensinamos as outras pessoas, que se ajudarmos a preservar a natureza, nós seres humanos poderemos viver mais saudáveis sem poluição”, salienta o grupo de crianças.
A coordenadora de ensino do Sesc, Greice Kely Rech Werner, observa que a instituição desenvolve vários projetos na área de responsabilidade ambiental, e que a parceria para a realização do Dia D EcoPonto, ajuda a fortalecer a consciência dos estudantes e da comunidade. “Desenvolvemos inúmeros projetos na área de educação ambiental e essa iniciativa vem complementar o trabalho já realizado. O Sesc tem uma grande preocupação com as questões sociais e apoia essa ação que também chama atenção para o consumo exagerado. Somos nós seres humanos que geramos os problemas ambientais e precisamos rever nossos princípios, para tentar reverter tal realidade”, considera a educadora.
A empresária Marina Vechi Fantini, que aproveitou o Dia D para descartar materiais eletrônicos, elogia a iniciativa. “Fiquei sabendo desse dia de coleta, pelo meu filho que estuda no Sesc. Na última edição já trouxe algumas coisas que não tinham mais utilidade, depois fui guardando outros materiais para trazer agora novamente, pois muitas coisas estragam e não vale a pena consertar. É muito interessante essa oportunidade de trazer o lixo eletrônico aqui, pois é necessário dar o destino correto e nem sempre as pessoas sabem como fazer isso. Outra coisa muito bacana é envolver as crianças nessa atividade, para conscientizá-las da importância de fazer a coisa certa”, avalia Marina.
Conscientização
A bióloga da Fundema, Deise Nara Schaefer, também acompanhou o Dia D e destaca a necessidade de se criar opções para a população descartar resíduos sólidos. “O EcoPonto serve como suporte, como referência para as pessoas fazerem o descarte correto de materiais que não podem ser colocados junto ao lixo comum. Quanto mais oportunidades foram criadas, menos os cidadãos vão poder dar a desculpa de que não sabem o que fazer com os resíduos. A educação ambiental é algo que precisa ser trabalhado em todas as idades, mas é principalmente nas crianças, que depositamos nossa esperança. Por isso, é fundamental envolver os estudantes nesse tipo de projeto, pois eles aprendem na prática e as chances de crescerem fazendo a coisa certa, são muito maiores. Infelizmente, muita gente ainda não tem consciência de que lugar de lixo é na lixeira. É muito comum ver pessoas que não veem problema em jogar um papel de bala ou uma garrafa pet no chão. Imagine milhares de pessoas pensando da mesma forma. O resultado de milhares de papéis de bala e de garrafas pets acumuladas nas ruas, nos rios.”, reflete a bióloga.
Em relação ao papel do Poder Público nesse processo de conscientização, Deise explica que a Prefeitura tem feito o recolhimento de resíduos descartados de forma incorreta pela cidade. “No dia 15 de setembro teremos o Dia Mundial da Limpeza, e vamos realizar uma ação entre a Secretaria de Obras, Secretaria de Saúde, Fundema e Coletivo Plantando Água. Será uma atividade de sensibilização, em que iremos atuar em pontos críticos, devido a existência de focos de dengue, e também de forma geral, em outros locais do município. Se trata de uma ação global, onde a população também deve fazer a sua parte.
Nos bairros Santa Rita, Nova Brasília e Santa Terezinha, que são os com maior número de focos de dengue, por exemplo, os moradores poderão descartar materiais em frente as suas casas, para que a equipe da Secretaria de Obras faça a coleta e dê o destino correto. Já para 2019, a ideia é colocar em prática, o Projeto ‘Bota Fora’, e estipular um calendário fixo de coletas pelas ruas da cidade, e a divulgação de materiais que podem ser descartados, para que não haja mais a desculpa de a população despejar resíduos como sofás, armários, eletrônicos, pneus, e outros materiais, de qualquer jeito, seja nas margens do rio, ou em terrenos baldios. É preciso disciplinar os cidadãos a fazerem o descarte correto”, detalha a servidora da Fundema.
Resultado
Para o engenheiro químico e integrante do Núcleo de Gestão Ambiental da ACIBr, Luiz Gustavo Freitas, o Dia D EcoPonto, vem alcançando bons resultados. “Desde o início do projeto temos percebido que muitas pessoas já tomaram como hábito, ir guardando determinados materiais para descartar no Dia D. Na última edição ficamos felizes com o volume de materiais e desta vez coletamos duas caçambas cheias.
Foram 85 quilos de pilhas e baterias, 636 lâmpadas, sete pneus e uma tonelada e 56 quilos de lixo eletrônico. Cada vez mais, conseguimos dar o destino correto a uma quantidade expressiva de resíduos. Notamos que muitas empresas tem trazido lâmpadas e eletrônicos, assim como os cidadãos, trazem pilhas, baterias, e um ou outro eletrônico, como televisão ou computador.
O objetivo é justamente ir educando a população a dar o destino correto para todo tipo de lixo, seja de pequeno, médio ou grande porte. E vale lembrar, que além do Dia D, é possível despejar resíduos sólidos durante todo o ano, na empresa Cidade Limpa, de forma gratuita, com exceção da lâmpada, que é cobrado R$ 1 por unidade”, descreve Luiz Gustavo.