Idosa de 92 anos fica ferida em cova do cemitério Parque da Saudade
Neto questiona manutenção do local; prefeitura diz que melhorias estão em curso
Neto questiona manutenção do local; prefeitura diz que melhorias estão em curso
Jonas Santana entrou em contato com O Município para reclamar da manutenção do cemitério municipal Parque da Saudade. Ele conta que a avó dele, Odília Bodenmuller, 92 anos, quase caiu dentro de um túmulo na segunda-feira, 23, e por isso precisou de atendimento no Hospital Azambuja. A idosa levou mais de 20 pontos numa das pernas devido ao acidente.
Segundo Santana, ela é surda e não percebeu por onde andava. Ela quase caiu dentro do túmulo, que estava coberto apenas por uma tampa simples e não tinha nenhum caixão dentro. O neto estava logo atrás da avó e, por sorte, segurou-a e diminuiu o impacto.
“Cortou um pedaço da perna dela, chamamos a ambulância dos bombeiros”, conta o leitor. Enquanto aguardavam atendimento, foi necessário usar uma camisa para estancar o sangue da perna da idosa.
Santana questiona a manutenção do cemitério, uma vez que a tampa deveria suportar o peso de uma pessoa. O leitor diz que, se não tivesse conseguido segurar a avó, as consequências poderiam ser mais graves. Ele também se machucou levemente no episódio.
Sem erros
O coordenador de Patrimônio da Prefeitura de Brusque, Valdir Silva, soube do acidente por terceiros, e diz que a primeira preocupação foi com a saúde da vítima. Como ela já foi atendida e passa bem, o episódio não chegou a preocupar.
Segundo Silva, a idosa passou por cima de um túmulo, o que não é indicado. Ainda assim, ele admite que a tampa – com o único objetivo de não deixar a cova aberta – deveria ter aguentado o peso. O coordenador de Patrimônio afirma que as sinalizações no cemitério municipal estão corretas.
De acordo com Silva, desde o início do ano, quando ele assumiu a coordenação, não aconteceram acidentes deste tipo.
Segurança
O leitor também conta que ficou por quase cinco minutos pedindo por ajuda, com a avó machucada. Segundo ele, algumas pessoas disseram, depois, que não foram ao local de imediato porque pensaram que os gritos de “socorro!” era por causa de assalto.
A segurança no espaço é assunto recorrente. O Município tem noticiado periodicamente casos de furto e vandalismo não só no Parque da Saudade, mas em outros cemitérios da cidade.
Silva diz que desde a contratação de vigilantes, que trabalham em duplas e em turnos de 12 horas, os casos de furto diminuíram. Segundo o coordenador de Patrimônio, outras mudanças devem ocorrer, quando houver dinheiro.