Máquina de perder gols, Brusque segue cartilha do rebaixamento de 2022
Quadricolor consegue perder pênaltis em jogos consecutivos e pontos que já o teriam tirado do Z-4
Quadricolor consegue perder pênaltis em jogos consecutivos e pontos que já o teriam tirado do Z-4
O Brusque não precisava ter passado por todo o desespero dos minutos finais contra o CRB até o gol mais chorado dos últimos tempos, marcado por Ianson. O zagueiro voltou à titularidade com boa atuação e, bem posicionado, foi premiado com um gol que garantiu um empate ao quadricolor. Porque se depender do momento dos atacantes, o time está condenado ao rebaixamento.
O jogo desta segunda-feira, 1º, foi mais um que o Brusque poderia ter ganhado. Fez um primeiro tempo muito bom, criou chances, manteve a bola longe da área. Paulinho Moccelin é um oásis de criatividade, de velocidade, de passe. Tem jogado muito, muito bem. Mas, ultimamente, ou ele faz um golaço por jogo, como fez contra o Ituano, ou terá que colocar alguns jogadores na cara do gol apenas para se lamentar: “como esse cara me perde esse gol?”
No segundo tempo, o CRB já começou com mudanças e reequilibrou a partida. O Brusque se perdeu um tanto no jogo e não conseguia sair em contra-ataque. E mais uma vez, o time foi punido por seus erros na frente e Anselmo Ramon abriu o placar. Estava pronto o sofrimento desnecessário. Que foi agudizado pelo pênalti perdido por Serrato, e depois minimizado parcialmente por Ianson, fazendo o que seus colegas no ataque são incapazes de fazer no momento.
E quem dera o problema fosse um jogador específico que não está rendendo no ataque. Em dois jogos tem Wellissol perdendo gol, no outro é Olávio, no outro é Keké. Tem até Serrato, dono de atuações muito boas nos últimos jogos, perdendo pênalti. O Brusque já poderia estar entre o 13º e o 15º lugar se aproveitasse só algumas chances que cria.
Não é problema de vontade. Todo mundo corre, todo mundo dá a vida em campo. Não se pode reclamar de garra. O time não se rende, e entre as várias provas, estão as buscas pelos empates recentes e a vitória sobre o Ceará.
O principal problema não é tático. O time tem rendido bem nestes jogos contra adversários da parte de baixo. Luizinho Vieira ajeitou a defesa. A formação com três zagueiros, para todos os efeitos, deu certo e pode ser repetida quando necessário. Foi bem trabalhada.
Nem mesmo jogar longe de casa é mais uma questão central. Gols que se perderam em Itu, Maceió ou Itajaí podem ser perdidos em Brusque também, ainda mais sob maior pressão da torcida.
O problema é falta de qualidade e frieza para abrir um placar e matar um jogo assim que possível. Chegar num jogo contra o Ituano, que recentemente levou três do Guarani, cinco do Paysandu, quatro do Coritiba, e perder pênalti. Recuperar a bola na saída adversária e chutar em cima do goleiro. Conseguir um único golaço, em lance individual do principal jogador do time.
O Brusque garantiu a permanência na Série B em um único ano: 2021. Foi quando teve o artilheiro do campeonato: Edu, com 17 gols. Em 2022, teve o pior ataque da Série B na história dos pontos corridos: 21 gols.
Ou chega um cara de calibre e responsabilidade para fazer parte do que Edu fez em 2021, ou a receita do rebaixamento de 2022 continuará sendo repetida. Tem muito tempo e muitos jogos para mudar esta tendência. E os próximos cinco jogos são fundamentais, contra Ponte Preta (13º), Chapecoense (16º), Botafogo-SP (12º), Paysandu (15º) e Guarani (20º).
Testemunhas relembram queda de avião em Guabiruba que matou piloto e copiloto em 1995: