Marchewsky: PMDB fica no governo e terá candidato a prefeito
Vereador diz que partido só sai do governo se prefeito quiser; sigla deve lançar nome para a prefeitura em 2016
Vereador diz que partido só sai do governo se prefeito quiser; sigla deve lançar nome para a prefeitura em 2016
O vereador Guilherme Marchewsky, presidente do Legislativo e do PMDB brusquense, afirma que o partido deverá lançar candidato à prefeitura de Brusque em 2016. Sem citar nomes, ele afirma que a sigla está se organizando para estar “à frente” na disputa majoritária.
“Nosso planejamento é nesse sentido. Primeiro participamos da eleição geral, com candidato a deputado estadual de Brusque, e esse projeto só termina em 2016, quando o PMDB vai procurar lançar um candidato a majoritária”, afirma.
O partido tem se reunido mensalmente e, além deste tipo de discussão, também enfrenta um clima tenso com o governo municipal. O prefeito Paulo Eccel já declarou que o PMDB, assim como o PP, deve se posicionar em relação à postura de posicionamento contrário ao Executivo, que vem sendo adotada na Câmara por parte dos parlamentares das siglas.
Marchewsky diz que a postura do partido, em Brusque, é semelhante ao que vem acontecendo em nível federal, no qual parte do PMDB continua aliado à presidente Dilma Rousseff (PT), e outra parte é dissidente.
“Um grupo apoiou a continuidade, enquanto outro entendeu que deve tomar uma posição nova, com mais democracia, mais questionamento, e se afinou com Aécio Neves”, afirma. Em relação aos votos contrários ao governo na Câmara, o vereador afirma que se tratam mais de divergências em questões polêmicas. “Quando os projetos são de maior facilidade, para atender o Executivo, não temos rejeitado nenhum”.
Ruptura com o Executivo
Marchewsky afirma que o vereador tem de adotar postura no sentido de representar a população, perante o Executivo, nas questões mais polêmicas. “Muitas vezes o Executivo não tem facilidade em levar ao cidadão as questões mais complexas, e o cidadão procura o vereador. O que temos feito é questionar os projetos quando há uma situação de confronto com o cidadão”.
Ele diz que, em 2013, após vencerem juntos a eleição, o PMDB e o governo mantiveram um trabalho conjunto, no sentido de manter a governabilidade, mas que isso foi se rompendo, aos poucos.
“A governabilidade não se fez presente e houve a ruptura justamente porque não houve um diálogo adequado, principalmente com este vereador. Como vereador do PMDB, não me senti respaldado pelo Executivo. Por isso estou questionando um pouco mais do que já questionava”, pondera.
“Direito de estar no governo”
Guilherme Marchewsky afirma que, quando saiu o resultado das eleições, em 2012, o PMDB estava no lado que venceu e que, por isso, “tem o direito de estar no governo, governando”.
Ele destaca, com justificativa para permanecer no governo, o trabalho das três secretarias comandadas pela sigla. “Temos o secretário de Turismo, governando muito bem, com sucesso na Fenarreco; o Ibprev, muito bem planejado, e o Zoobotânico. E os três estão trabalhando adequadamente, a gente não recebe nenhuma reclamação do que está sendo feito de trabalho”.
Depois que retornou ao comando do partido, do qual estava licenciado por seis meses, Marchewsky diz não ter conversado, ainda, com o prefeito Paulo Eccel, mas sim internamente. Ele garante que o PMDB já tomou sua decisão.
“A continuidade vai acontecer, o PMDB vai ficar no governo. Se o prefeito entender que o PMDB não deve ficar, ele que tem que se manifestar sobre por que o partido deve sair do governo, se é por falta de competência ou por falta de afinidade política”.
“Até então, no entanto, o executivo não se manifestou. Esse grupo de 15 pessoas que está dentro do governo vai continuar até que o prefeito decida o que fazer, quem tem a caneta é o prefeito”, diz o vereador. “A representação na Câmara de vereadores é totalmente desvinculada ao executivo. Se o Celio [vereador Celio de Souza] continuar votando pelo governo e não questionando, é um direito dele que o PMDB irá respeitar”.