Marido que assassinou mulher por ciúmes é condenado a 18 anos de prisão

Ele estrangulou a esposa e abandonou seu corpo seminu no acostamento de uma via, no bairro Bateas

Marido que assassinou mulher por ciúmes é condenado a 18 anos de prisão

Ele estrangulou a esposa e abandonou seu corpo seminu no acostamento de uma via, no bairro Bateas

Ademar do Amaral foi condenado a 18 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da esposa Elisiane Raquel Gomes do Amaral. O crime de feminicídio ocorreu na madrugada do dia 21 de maio de 2017. A mulher estava seminua quando foi encontrada morta na rua Abraão de Souza e Silva, conhecida como Estrada da Fazenda, no bairro Bateas. A decisão é do juiz da Vara Criminal da Comarca de Brusque, Edemar Leopoldo Schlösser.

Conforme as investigações, no sábado, 21, o casal estava em um baile, em Gaspar, e durante a festa Elisiane teria conversado e dançado com outro homem. O fato causou ciúmes em Amaral. Já em casa, ele foi dormir enquanto a esposa continuou acordada conversando no WhatsApp com outras pessoas.

Amaral relatou à polícia que questionou a esposa e que os dois discutiram. Segundo o marido, neste momento Elisiane confirmou que beijou outras pessoas. O homem disse que perdeu a cabeça, foi até o armário, pegou uma corda e estrangulou a mulher, que estava sentada na cama, se preparando para dormir.

Após o assassinato, Amaral arrastou o corpo da esposa até o carro, e enquanto a puxava, ela perde a calça do pijama que estava vestindo. Ele recolheu a peça de roupa e tirou a blusa dela também para despistar. O homem foi com o carro até a Estrada da Fazenda e abandonou o corpo seminu da esposa no acostamento da via, sobre entulhos.

“O acusado ceifou a vida da vítima de forma covarde e fria, tendo a estrangulado com uma corda em razão de uma discussão havida entre ambos naquela noite”, alegou o juiz.

Na volta pra casa, Amaral pegou as roupas de Elisiane e jogou no meio da rua. O tapete do carro também foi descartado, pois ele temia que houvesse rastros de sangue.

“Após ceifar a vida da companheira, a fim de se livrar dos vestígios do crime e dificultar a ação policial, transportou o corpo da residência do casal situada no bairro Santa Luzia até o bairro Limeira, no outro lado desta cidade, onde retirou o pijama de Elisiane. Na sequência, a levou até o bairro Bateas, onde a abandonou no acostamento da via, sobre entulhos, deixando-a seminua, apenas com roupas íntimas, em estado aviltante, desumano e em total desapego aos mínimos princípios morais e sociais, como se fosse um simples animal que se descarta num lixão”, argumentou Schlösser.

Quando chegou em casa, Amaral usou o próprio celular para mandar mensagens para esposa, demonstrando preocupação com seu sumiço. No domingo de manhã, ele foi à casa dos familiares da vítima com o intuito de simular o seu desaparecimento.

Na sentença, o juiz alegou frieza por parte de Amaral ao simular o desaparecimento de Elisiane aos familiares. No relatório, o juiz diz que Amaral compareceu “na delegacia de polícia como testemunha para auxiliar nas buscas e posterior reconhecimento da vítima, que foi encontrada somente por volta do meio dia”.

O juiz expediu mandado de prisão preventiva devido à gravidade do crime. Além disso, Amaral não poderá recorrer em liberdade.

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